JUSTIÇA
O deputado Paulo Maluf é preso e conduzido para exame de corpo de delito
no IML da Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. O deputado federal,
Paulo Maluf (PP-SP) se entregou à Policia Federal, em São Paulo -
20/12/2017 (Leonardo Benassatto/Reuters)
A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na tarde desta quinta-feira a ação cautelar que pedia a suspensão da prisão do deputado federal Paulo Maluf
(PP-SP). A defesa de Maluf alegava que, por ainda existirem
possibilidades de recurso, o ex-prefeito não deveria começar a cumprir a
pena de sete anos e nove meses de prisão.
Como presidente do Supremo, compete a Cármen Lúcia decidir
sobre recursos durante o período de recesso do Poder Judiciário. No
entanto, a decisão de manter Maluf preso não surpreende. Em 2012, a
ministra tomou decisão semelhante a de Edson Fachin, ao determinar que o
então deputado Natan Donadon (PMDB-RO) começasse a cumprir sua pena e
que os embargos que ele apresentara, semelhantes aos de Maluf, eram
“protelatórios”.
O advogado de Maluf, Antonio Carlos de Almeida Castro,
afirmou que a defesa do ex-prefeito recebeu a decisão de Cármen Lúcia
com respeito, mas “profunda apreensão”. “A apreensão se deve ao estado
de saúde do deputado. A defesa vai até onde pode ir, sempre com ética e
usando o legítimo direito de esgotar todos os recursos em nome do
cliente e da liberdade. O Pleno do Supremo dirá a última palavra.”
A outra movimentação da defesa, além de tentar a liberdade
do deputado no STF, é buscar que ele cumpra prisão domiciliar
humanitária, por causa da idade (86 anos) e do estado de saúde
debilitado de Maluf.
Essa decisão, no entanto, compete à vara de execuções penais do Distrito
Federal, para onde Paulo Maluf deve ser transferido. A juíza Leila Cury
determinou que, tão logo o deputado chegue à Brasília, ele seja
submetido a exames no Instituto Médico Legal (IML). Com base nesse
parecer, deve decidir se autoriza ou não Maluf a começar a cumprir a
pena em casa.
( Por
Guilherme Venaglia/Veja.Abril.com.br)
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