REFLEXO NEGATIVO
Hotel Holiday Inn Express, em Natal, no bairro de Ponta Negra
A
mais nova crise instaurada na segurança pública do Rio Grande do Norte
vem apresentando resultados devastadores para o turismo potiguar. Nos
últimos dez dias, desde que os militares do RN passaram a não sair às
ruas do estado cobrando salários em dia e melhores condições de
trabalho, a média de cancelamentos nos hotéis potiguares subiu
assustadoramente e as vendas para os meses de janeiro, fevereiro e
março, que historicamente eram elevadas por causa do verão, estão
completamente paralisadas há quase duas semanas.
Os dados
apresentados foram repassados pelo empresário George Gosson, que
administra a rede de hotéis Holiday Inn em Natal. Em contato com o Portal Agora RN, ele
destacou que os números estão despencando drasticamente nos últimos dez
dias e admitiu: nunca viu tanta exposição negativa do Rio Grande do
Norte em tão pouco tempo. “Além do fato que é grave, tem o agravo de que
está acontecendo em um período que existem poucas pautas nos grandes
jornais. É um período muito difícil e péssimo para acontecer este tipo
de situação”, contou.
De acordo com George, uma situação que tem
contribuído para que os turistas desistam de visitar o RN nos próximos
meses é o fato de que eles passaram a ser vítimas da criminalidade, vide
o arrastão que aconteceu na última sexta, 29, em São Miguel do Gostoso,
onde 80 deles entraram para a estatística. “Este caso foi o maior
desastre possível e imaginável para o turismo do estado. Até pouco tempo
nós ainda conseguíamos convencer as pessoas de que esse tipo de coisa
não acontecia nos polos, mas depois disso vai ficar muito difícil”,
lamentou.
Na visão do empresário, a única saída para que a crise na segurança
pública do RN não volte a acontecer está na resolução da situação fiscal
do Estado. “Enquanto o financeiro não for equacionado, os problemas
continuarão. Os militares estão aquartelados porque não receberam
salários e nem têm estrutura adequada para trabalhar. Se isso não for
resolvido, não vai adiantar de nada a gente vender o estado lá fora,
afinal, a qualquer momento o turista pode se deparar com dias intensos
de assaltos na cidade que escolheu para passar suas férias”, concluiu.
( Rodrigo Ferreira/AgoraRN)
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