segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Comandante se diz preocupado com uso de militares nos Estados. No Twitter, Eduardo Villas Bôas cita caso do Rio Grande do Norte e diz que 'segurança pública precisa ser tratada pelos Estados com prioridade zero'

CRISE NO RN
 
 Atualmente, as Forças Armadas estão nas ruas do Rio Grande do Norte, que enfrenta greve de policiais militares e civis (Vitorino Junior/Photopress/Estadão Conteúdo)

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, usou sua conta oficial no Twitter para demonstrar preocupação com a frequente solicitação de intervenções das Forças Armadas pelos Estados em operações de segurança pública. Atualmente, as Forças Armadas estão nas ruas do Rio Grande do Norte, que enfrenta greve de policiais militares e civis. 

“Preocupa-me o constante emprego do @exercitooficial em ‘intervenções’ (GLO) nos Estados. Só no Rio Grande do Norte, as Forças Armadas já foram usadas 3 vezes, em 18 meses. A segurança pública precisa ser tratada pelos Estados com prioridade ‘zero’. Os números da violência corroboram as minhas palavras”, afirmou o general, em postagem publicada no começo da noite deste sábado dia 30.

No mesmo dia, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, lançou em Natal a “Operação Potiguar III” para garantir a lei e a ordem no Estado e enviou 2,8 mil militares de Exército, Marinha e Aeronáutica para reforçar o policiamento ostensivo. “Temos disciplina intelectual e acolhemos a decisão”, afirma Villas Bôas no Twitter.

(Reprodução/Reprodução)


Desde o início da greve no Rio Grande do Norte, no dia 19 de dezembro, a média diária de homicídios subiu de 4,83 para 7,25 e o número de crimes violentos letais intencionais cresceu 40,32%, chegando a 87 até este sábado. 

(Por Estadão Conteúdo) 

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