segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Justiça autoriza prisões de militares que continuarem estimulando greve no RN. Decisão foi proferida pelo desembargador Claudio Santos, do Tribunal de Justiça do RN, durante plantão judiciário deste domingo, 30; Governo também terá obrigações, como ceder novos carros

NOVA DECISÃO
 Cláudio Santos, desembargador

Os policiais e bombeiros militares, além dos policiais civis, sejam eles ativos ou inativos, podem ser presos caso continuem incitando e estimulando o movimento de paralisação das forças de segurança do Rio Grande do Norte de agora em diante. Pelo menos foi isso que determinou o desembargador do Tribunal de Justiça do RN, Claudio Santos, durante o plantão judicial deste domingo, 31.

Segundo o magistrado, os responsáveis pelas corporações estão autorizados a realizarem as prisões dos membros que “promovam, incentivem, estimulem, concitem ou colaborem, por qualquer meio de comunicação, para a continuação da greve no sistema de segurança pública do RN”. A justificativa das prisões estará no cometimento de crimes de insubordinação, motim (PM) ou desobediência.

Em contrapartida, o desembargador determinou que a Secretaria Estadual de Planejamento, na pessoa de seu titular Gustavo Nogueira, pague, até o próximo dia 2 de janeiro (terça-feira), todos os funcionários públicos estaduais, principalmente os da área da segurança, utilizando os R$ 225 milhões oriundos do governo federal que fora autorizado pelo desembargador Cornélio Alves no plantão do último sábado, 30.

Além disso, o Governo do Estado deverá disponibilizar, num prazo máximo de 90 dias e sem necessidade de licitação prévia, 50 veículos, caracterizados ou não, para os órgãos de segurança do RN, de modo que sirvam como subsídio para que os funcionários voltem a trabalhar. As empresas que atuam no transporte público de Natal e região metropolitana, também como forma de subsídio, deverão liberar a gratuidade do transporte aos militares.

Caso as determinações dadas pelo desembargador Claudio Santos não sejam cumpridas por quaisquer das partes, elas ficarão intimadas a pagarem de multa de R$ 100 mil por dia de descumprimento. No caso das entidades representativas dos funcionários, elas sofrerão, ainda, a retenção das contribuições sindicais/associativas que são pagas mensalmente. A titular da Secretaria de Segurança, Sheila Freitas, ficará na ‘coordenação’ das medidas.

(AgoraRN)

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