Os policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte continuam em greve em razão da falta de salários e por melhores condições de trabalho, embora a Justiça tenha considerado o movimento ilegal. A ordem é prender os policiais responsáveis por incitar, defender ou provocar a paralisação.
De acordo com o subtenente Eliabe Marques, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares (ASSPMBMRN), apesar de o comando-geral da Polícia Militar ter divulgado que 42 viaturas estão rodando na Grande Natal, ele não percebe essa movimentação de retorno dos policiais. "As condições de trabalho não melhoraram. O comando disse, mas o que a gente percebe conversando com os colegas não é essa realidade", afirma Marques.
Ainda segundo Eliabe, mesmo diante da possibilidade de prisão dos PMs e bombeiros, o protesto está mantido. Nesta quarta-feira (3), às 14h, a associação vai reunir a categoria para discutir os rumos da movimentação. "O objetivo é trazer a categoria para discutir e fortalecer a luta contra a falta de condições de trabalho", complementa.
"A tendência é que os militares se entreguem na quinta-feira (4) para receberem voz de prisão do comandante. Não é isso que determina a decisão?"
Crise na segurança
Com salários atrasados, o estado enfrenta paralisações da Polícia
Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil. Eles pedem
regularização dos salários atrasados e melhores condições de trabalho.
Desde a terça-feira (19), PMs se negam a sair dos batalhões da capital e do interior e policiais civis trabalham em regime de plantão. Setenta homens e mulheres da Força Nacional foram acionados para fazer patrulhamento na capital.
A Justiça considerou a paralisação ilegal, mas, na ocasião, a PM
decidiu manter a posição de não ir às ruas. Em 2017, o Supremo Tribunal
Federal disse que greve de polícia e de agente penitenciário é sempre ilegal.
Polícia Civil
Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (2), os policiais civis decidiram permanecer trabalhando em regime de plantão,
mesmo diante da possibilidade de serem presos. Ele vão se apresentar na
sede da Polícia Civil, em Natal, na manhã desta quarta-feira (3) a
partir das 8h, onde farão uma nova assembleia para definir os rumos do
movimento.
O Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança (Sinpol)
disse também que ainda não foi notificado da determinação judicial sobre
possíveis prisões de policiais.
(Por G1 RN)
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