Flamengo e River empataram por 2 a 2 - Alexandre Brum
Rio - O sonho de conquistar a Libertadores começou, para o Flamengo, com jeito de pesadelo. Na primeira partida sem torcida, em cumprimento da pena imposta pela Conmebol, o time de Paulo César Carpegiani empatou em 2 a 2 com o River Plate, no Nilton Santos. O dia dos rubro-negros, nesta quinta-feira será típico de quem enfrentou uma noite mal dormida. Há tempo para acordar na competição. O Rubro-Negro, no entanto, precisará aprender a fazer valer o mando de campo sem a presença de seu 12º jogador. Afinal, resta um jogo de punição. O tropeço só poderá ser compensado com pontos conquistados fora de casa. A primeira chance será dia 14 de março, contra o Emelec.
Nem a música tema da entrada à moda europeia dos times
em campo devolveu o glamour ao jogo. As cadeiras vazias no estádio
emprestavam melancolia ao ambiente. O primeiro tempo provou que futebol
sem torcida perde boa parte de sua essência. Os gritos em campo, como o
estridente berro do lateral Pará ao pedir a bola a Lucas Paquetá,
cortavam um pouco da sonolência da partida. Até o som abafado do
explodir da bola na barriga do árbitro peruano Michael Espinoza se fez
audível da tribuna de imprensa.
Apenas as jogadas ríspidas davam cara de Libertadores
ao confronto. Em dividida com Jonas, Nicolás De La Cruz perdeu um dente.
"Nem se eu tomar oito latões de cerveja dá para me animar. Melhor pedir
um suco de maracujá e ir dormir", disse o grafiteiro Marcus Vinicius,
25 anos, que saiu do Jacarezinho para tentar experimentar alguma emoção
num bar na rua José dos Reis, no entorno do Nilton Santos, onde cerca de
30 rubro-negros assistiam à partida.
O pênalti sofrido por Diego, no início do segundo
tempo, serviu de despertador. Henrique Dourado, aos 8, abriu o placar.
Só quem não acordou foi o trio de arbitragem que, dois minutos depois,
validou o gol de Rodrigo Mora, que estava impedido. No primeiro tempo,
Espinoza já havia ignorado pênalti, quando Zuculini, com o braço, cortou
a cabeçada de Réver.
(Por Vitor Machado/oDia)
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