POSSEIROS
Marcas de bala na placa da terra dos Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia Foto: Divulgação / Funai
O presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, fez uma viagem de
emergência para Rondônia para monitorar de perto a escalada de violência
entre indígenas dos povos karipuna e uru-eu-wau-wau e posseiros armados
da região, que estariam inclusive atirando para ameaçar os
indígenas. Segundo Freitas, os indígenas relataram ter ouvido dos
posseiros que invadiriam as terras porque "agora Bolsonaro é
presidente".
"Algumas lideranças indígenas dos povos karipuna e
uru-eu-wau-wau relataram dificuldades que estão passando em razão das
frequentes invasões de posseiros interessados em atuar na extração de
madeira e no garimpo ilegais", afirmou Franklimberg.
A equipe da Funai tirou a foto de uma placa da terra dos
uru-eu-wau-waus, com marcas de bala. Devido ao risco que os posseiros
representam, Franklimberg quer o apoio da Polícia Federal.
"Vamos acionar os órgãos de segurança pública para nos apoiar nessas
ações de vigilância para a proteção dos povos
indígenas", prometeu Franklimberg.
De acordo com o presidente da Funai, o órgão está assegurando aos
indígenas que não há risco de invasões porque Bolsonaro foi eleito.
"Alguns posseiros fizeram esses comentários, de que o presidente estaria
apoiando invasões. Isso é boato. É falso. O presidente não tem
interesse em qualquer ação nesse sentido. Hoje estivemos na [aldeia]
uru-eu-wau-wau para dizer que isso não é verdade, e que o Estado
brasileiro dará uma resposta para quem está invadindo terra indígena ou
pensando em invadir terra indígena."
(por:Guilherme Amado e Eduardo Barretto/Época)
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