NA CADEIA
Professor de colégio de elite é preso produção de material pornográfico - Reprodução/ RecordTV
São Paulo - Preso por suspeita de produzir e armazenar material
pornográfico, o professor Ivan Secco Falsztyn, de 54 anos, confessou ter
feito mais de 300 vídeos de alunas da St. Nicholas School, em
Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. A informação consta em
interrogatório do suspeito, feito pela Polícia Civil e obtido pelo
jornal O Estado de S. Paulo. O docente já foi afastado da escola.
Falsztyn
foi detido em flagrante após os policiais cumprirem mandado de busca e
apreensão na casa dele, também em Pinheiros, na manhã de anteontem. O
docente teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça de
São Paulo (TJ-SP) em audiência de custódia realizada nesta quarta-feira.
Segundo
as investigações, o professor usava caixas de remédio para esconder uma
câmera digital e, assim, filmar partes íntimas de alunas durante aulas
de História e Teatro. Agora, investigadores querem saber se o conteúdo
pornográfico era comercializado - o que Falsztyn negou durante o
interrogatório. Em depoimento, o suspeito afirmou que "acredita ter
realizado mais de 300 gravações". Ele diz, ainda, que fazia as gravações
ilegais há menos de quatro anos e "as meninas que aparecem nas imagens
são todas suas alunas". As idades das vítimas variam entre 11 e 17 anos,
de acordo com o professor.
Durante o interrogatório, Falsztyn
disse que usava a câmera "sempre no ambiente da sala de aula,
posicionando-a no chão e em uma prateleira de frente de seus alunos". "O
interrogado confessa ter produzido todos os materiais e que ninguém o
auxiliou na produção dos vídeos", diz o documento.
Falsztyn é um
dos 43 presos da Operação Luz da Infância, ação contra pornografia
infantil feita pela Polícia Civil de 12 Estados, sob coordenação do
Ministério da Justiça e Segurança Pública. Responsável pela prisão, a
delegada Ivalda Aleixo, do Departamento de Capturas, estima que a
polícia apreendeu ao menos 200 horas de material ilícito, agora sob
perícia.
A Polícia Civil suspeita, entretanto, que Falsztyn pode
ter apagado outros vídeos dos aparelhos apreendidos. Por isso, deve usar
programas para recuperar arquivos deletados. Falsztyn entrou no radar
da polícia após baixar do computador de casa conteúdo relacionado à
pornografia. Os investigadores conseguiram levantar o IP da máquina. Até
cumprir o mandado de busca e apreensão, no entanto, os agentes não
sabiam que ele produzia vídeos das próprias alunas.
Até o
momento, não há queixa ou indício de que o professor tenha cometido
abuso sexual físico contra as estudantes. O Estado apurou que a escola
está analisando suas câmeras de segurança para tentar identificar algum
movimento suspeito do professor. Os investigadores também devem colher
depoimentos nos próximos dias.
Afastamento
O
professor trabalhava na escola havia 20 anos e tinha uma sala
exclusiva, onde a polícia suspeita que foi feita parte das gravações.
Nesta quarta, a St. Nicholas School divulgou nota informando que afastou
o docente.
A St. Nicholas mandou carta aos pais, informando que
contratou a psicóloga Fabiana Saffi, chefe do Instituto de Psiquiatria
do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), que fará
plantões para os pais. A escola cita que é criteriosa na seleção de
professores, mas está vulnerável a pessoas que "por estarem imbuídas por
um espírito torpe buscam deliberadamente dissimular a realidade para
ocultar e manter velados os atos praticados". As informações são do
jornal O Estado de S. Paulo.
(Por:Estadão Conteúdo)
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