POLÊMICA
Após se reinventar como apresentadora de entretenimento após
abandonar a carreira como repórter e âncora de telejornal, Fátima
Bernardes dá-se o direito de opinar e, consequentemente, polemizar. Ela
concedeu entrevista surpreendente às Páginas Amarelas da nova edição da
Veja em que defende legalizar aborto e drogas, desta o portal Terra.
Em conversa com a repórter Sofia Cerqueira, a estrela das manhãs da
Globo revelou se tratar de ansiedade com um psiquiatra. Chegou a tomar
remédio por um tempo. Contou um episódio dramático vivido quando
comandava o JN ao lado do então marido, William Bonner. “O público não
percebeu, mas em 2007 tive uma crise em pleno Jornal Nacional. Comecei a
sentir palpitações, meu rosto ficou vermelho, suava muito e fui
deitando na bancada. Nem consegui dar boa-noite.”
Sempre diplomática e reservada, Fátima não fugiu às perguntas
contundentes. Posicionou-se a respeito do debate sobre a política de
drogas no Brasil. “É um assunto com prós e contras, mas sou a favor da
legalização. Além de frear o tráfico e diminuir a violência, facilitaria
o uso medicinal da maconha, um tema que enfrenta preconceito. Eu sou
bem careta. Nunca experimentei droga. Nunca tomei um copo de chope na
vida. No máximo bebo um pouquinho de vinho socialmente.
Mas acredito
firmemente no direito de escolha das pessoas para sua própria vida.”
Questionada a respeito da legalização do aborto, a apresentadora de
57 anos, mãe de trigêmeos, também expôs sua opinião. “Sou (a favor),
pelo mesmo motivo. Pessoalmente, com a estrutura que sempre tive em
família, não faria. Mas ninguém tem o direito de decidir sobre as opções
do outro.”
Fátima comentou a repercussão de sua cobrança no ar, ao vivo, para que o
presidente Jair Bolsonaro se mostrasse mais solidário aos mortos da
covid-19 e suas famílias. “Fiquei indignada com a falta de compaixão
daquele “Me chamo Messias, mas não faço milagre”. E cobrei.”
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Dizendo-se feminista, a apresentadora do Encontro descarta militar por
direita ou esquerda. “Eu me considero humanista, com ideias
progressistas.” Em seu perfil no Instagram, onde é seguida por 11
milhões de pessoas, a jornalista tem posts em defesa da liberdade de
imprensa, contra o racismo, por sororidade (solidariedade entre mulheres
por suas causas) e pela união de forças no combate ao novo coronavírus.
(Por:Blog República de Curitiba)
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