APÓS DIZER QUE NÃO O CONHECIA
Uma das fotos que constam da denúncia do MP: Queiroz preparando churrasco e bebendo cerveja
- Ricardo Cassiano
Rio - O ex-advogado do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
Frederick Wassef afirmou que abriu as portas de sua residência em
Atibaia, no interior de São Paulo, a Fabrício Queiroz, após receber
informações de que o ex-assessor seria assassinado. Em entrevista à
revista Veja, publicada em sua versão online nesta sexta-feira, 26,
Wassef disse que tinha informações sobre um possível atentado contra
Queiroz - e que a família Bolsonaro seria responsabilizada pelo crime. O
advogado disse ainda que considera que salvou a vida do ex-assessor.
"Eu
tinha a minha mais absoluta convicção de que ele seria executado no Rio
de Janeiro. Além de terem chegado a mim essas informações, eu tive
certeza absoluta de que quem estivesse por trás desse homicídio, dessa
execução, iria colocar isso na conta da família Bolsonaro", disse.
Wassef
disse que a morte do ex-assessor seria parte de uma fraude, comparando
ao depoimento do porteiro do condomínio do presidente no caso Marielle.
"Algo parecido com o que tentaram fazer no caso Marielle, com aquela
história do porteiro que mentiu.". Ele também afirma que omitiu do
presidente e do filho "01" a trama e o paradeiro do ex-assessor.
Além
do possível crime, Wassef também afirmou que ficou sensibilizado com o
estado de saúde de Queiroz e o momento vivido pelo ex-assessor do
senador. Sem revelar se ofereceu ajuda ou se foi procurado, o advogado
disse que "fez chegar ao conhecimento" de Queiroz que estava
disponibilizando três endereços para ele ficar: a casa de Atibaia, uma
casa em São Paulo e outra no litoral. Ele se negou a dizer se manteve
contato com Queiroz durante o período.
(Por:Estadão Conteúdo)
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