Hospital Alberto Torres é uma das unidades do estado sob responsabilidade da OS - Estefan Radovicz / Agência O
Rio - O Ministério Público estadual (MPRJ) faz, desde as primeiras horas da manhã desta quinta-feira, a Operação Pagão, contra a organização social Instituto dos Lagos-Rio. A OS é investigada por desvios de mais de R$ 9,1 milhões dos cofres públicos do estado.
São sete mandados de prisão e 14 de busca e
apreensão, contra 12 denunciados por organização criminosa, peculato e
lavagem de dinheiro. Os mandados, autorizados pela 35ª Vara Criminal da Capital, estão sendo cumpridos no Rio (capital, Itaboraí e Petrópolis) e em São Paulo (capital e Barueri).
Alvos da operação:
. Sildiney Gomes Costa, ex-dirigente e atual fornecedor da OS: preso em Vargem Grande (RJ)
. José Marcus Antunes Andrade, diretor-presidente da OS: preso em São Paulo
. Juracy Batista de Souza Filho, cunhado de José Marcus: preso no Rio
. Fabio Figueiredo Andrade de Souza, filho de Juracy: preso no Rio
. Fernanda Andrade de Souza Risden: filha de Juracy
. José Carlos Jorge Lima Buechem: ex-dirigente da OS
. Hugo Mosca Filho: ex-dirigente da OS
. Renê Borges Guimarães: empresário
. José Antonio Sabino Júnior: empresário
. José Pedro Mota De Sousa Ferreira: empresário
. José Antônio Carauta de Souza Filho: empresário
. Gustavo de Carvalho Meres: empresário
INVESTIGAÇÃO
A OS Lagos é uma das maiores do estado e é
responsável por gerir pelos menos dois hospitais e cinco UPAs. De acordo
com o MPRJ, de 2012 a 2019, a organização social recebeu R$ 649 milhões
do governo do estado, tendo comprovadamente desviado grande parte desse
valor.
A investigação apontou que o desvio foi feito com o
pagamento de valores superfaturados para outras empresas, sob o pretexto
de aquisição de produtos ou terceirização de serviços necessários para
os hospitais e as UPAs.
"A ação narra que as contratações de serviços e as
aquisições eram direcionadas para empresas pré-selecionadas, controladas
ou previamente ajustadas para o esquema", alega o Ministério Público.
Depois que o pagamento superfaturado era feitor o
repasse dos valores excedentes era direcionado aos dirigentes da
organização criminosa ou para terceiros indicados por eles. Esses
montantes eram pagos com dinheiro em espécie, sacados "na boca do caixa"
de agências bancárias para ocultar a verdadeira destinação dos recursos
públicos desviados ou ainda utilizando empresas "de fachada".
Ainda segundo o MPRJ, a OS não tem condições
de assinar contratos de gestão com o estado, mas forjou sua capacitação
técnica graças à obtenção de atestados técnicos falsos.
Unidades sob responsabilidade da OS no Rio:
. Hospital Estadual Alberto Torres (São Gonçalo)
. Hospital Estadual Prefeito João Baptista Cáffaro (Itaboraí)
. UTI Adulta do Hospital Estadual Carlos Chagas
. UPA São Gonçalo I
. UPA Nova Iguaçu I
. UPA São Pedro da Aldeia
. UPA Campos dos Goytacazes
O DIA tenta contato com os citados na reportagem.
(Por:O Dia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário