Arthur Cezar de Menezes Soares Filho, o Rei Arthur - Reprodução
Rio - O juiz Marcelo
Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, decretou novamente, neste
domingo, a prisão preventiva do empresário Arthur Soares, o "Rei
Arthur", que está foragido desde 2017. No mesmo documento, o magistrado determinou o retorno à prisão de Vinícius Peixoto, filho do também empresário Mário Peixoto, envolvido em desvios de recursos da saúde do Rio.
Na decisão, Bretas tem como base a constatação, por
parte do Ministério Público Federal (MPF), de que mesmo foragido Arthur
Soares trocou mensagens com Mário Peixoto. "Apesar de ser publicamente
foragido da justiça brasileira, Arthur Soares trocou mensagens
eletrônicas com Mário, em abril de 2019, para indicar em qual conta o
empréstimo deveria ser quitado, operação esta inquinada de ilícita na
descrição denuncia", diz o despacho.
descrição denuncia", diz o despacho.
O entre os empresários foi compreendido pelo MPF e
por Bretas como um sinal de que a organização criminosa pela qual são
acusados seguiu funcionando mesmo após ser descoberta pelas autoridades.
Operação Unfair Play
O Ministério Público Federal (MPF) descobriu provas
de que o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur
Nuzman, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido
como "Rei Arthur", e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB)
realizaram diversas viagens juntos para o exterior para supostas
articulações para a compra de votos para a escolha do Rio como sede da
Olimpíada de 2016. O grupo fez pelo menos 15 viagens juntos para os
Estados Unidos e Europa, principalmente para a França, entre fevereiro a
outubro de 2009, mês que ocorreu a eleição.
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara
Federal Criminal do Rio, em julho de 2019, Cabral admitiu ter comprado
votos para a candidatura olímpica do Rio, no valor de U$ 2 milhões. O
ex-governador disse que pediu a Arthur Soares que combinasse o pagamento
com Leonardo Gryner, braço-direito do então presidente do Comitê
Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman.
Segundo Cabral, a verba
seria descontada do “crédito” que tinha com o empresário — isto é, de
parte das propinas que o ex-governador receberia do “Rei Arthur”.
(Por
O Dia)
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