“As mudanças, se houver, serão mudanças para melhor, para o projeto ficar mais consistente. Nós não podemos é perder de vista a finalidade última, que é o controle da evolução das despesas públicas”, disse, após encontro com o presidente em exercício, Michel Temer, e depois de conversas com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).
Para tentar garantir no Congresso a aprovação da matéria, o governo concordou com o apelo dos líderes na Câmara dos Deputados e retirou do cálculo da folha salarial os gastos com terceirização, indenizações, auxílios e despesas de exercícios anteriores de categorias de funcionários públicos. Nesta terça, em, nova concessão, o governo aceitou incluir servidores das assembleias legislativas no grupo que ficará fora do limite da nova regra fiscal.
Ao ser questionado sobre se uma das propostas avaliadas é criar um teto para gastos com pessoal de outros poderes, Meirelles afirmou que o que foi acordado na PEC é que assim como o teto dos gastos para o governo federal também haja teto para os Estados. “Só isso. Não se está, no momento, discutindo questões relativas à lei da responsabilidade fiscal”, afirmou, ressaltando que é preciso evitar “conclusões precipitadas”. “O processo está em andamento cada vez mais visando manter a segurança do processo, que, de fato, se faça um controle da evolução das despesas públicas e a isso não há mais detalhes”, disse.
Um pouco antes de Meirelles, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que estava reunido com ele e Padilha, informou que o governo está discutindo um “limitador de gastos do pessoal”, avaliando se vai incluir ou não algumas questões. “Na minha avaliação, essa é uma questão menor porque o que vale mesmo é o limitador de gastos. Como vai ser dentro do limitador distribuído é uma questão de cada órgão”, afirmou.
Já Meirelles afirmou que “não existe discussão de porcentuais diferentes”. “Eles são os mesmos que estão sendo discutidos para todos os segmentos, para todas as categorias”, garantiu o ministro da Fazenda, ressaltando que é exatamente isso “a mais importante contrapartida dos Estados”.
(Com Estadão Conteúdo)
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