Clarissa, que chegou a chorar durante seu discurso, aproveitou para se posicionar favoravelmente ao projeto que prevê punição a abuso de autoridade por juízes e procuradores, bandeira empunhada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Para a deputada federal, o ex-governador, preso sob a acusação de usar um programa social em Campos dos Goytacazes (RJ) para comprar votos na eleição municipal deste ano, foi vítima deste tipo de abuso.
“Não se vê nada tão brutal como o que fizeram com ele nem em ambiente de guerra. A Convenção de Genebra proíbe terminantemente que um exército inimigo, em ambiente de guerra, entre num hospital para interferir”, disse a parlamentar.
“Nós não podemos permitir a continuidade desse abuso de autoridade que está acontecendo no Brasil! O meu pai, ex-Governador Anthony Garotinho, talvez seja o caso mais emblemático de abuso de autoridade nos últimos tempos aqui no Brasil”, afirmou.
A voz de Clarissa Garotinho ficou embargada e ela chorou quando o deputado Carlos Manato (SD-ES), que comandava a sessão, disse que tem “um carinho e um respeito muito grande pela família de Vossa Excelência” e perguntou se Garotinho está bem. “Está em casa”, respondeu a emocionada deputada, que continuou: “Graças a Deus, ele já teve alta! Muito obrigada, Sr. Presidente”.
Expulsa do PR
A participação de Clarissa Garotinho na sessão de hoje na Câmara foi a primeira após sua expulsão do Partido da República (PR), concluída ontem. Ela era alvo de processo de expulsão do PR por ter votado contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos públicos, contrariando decisão do partido de fechar questão para que todos os seus parlamentares votassem a favor da medida.Em comunicado assinado pelo presidente da sigla, Antonio Carlos Rodrigues, o ex-senador informou que a Comissão Nacional Executiva se reuniu no dia 17 deste mês e deliberou pela expulsão da deputada. “Notificamos Vossa Excelência que a partir desta data será promovido seu desligamento do quadro de filiados ao Partido da República”, diz a mensagem encaminhada à parlamentar.
(Veja)
Nenhum comentário:
Postar um comentário