O projeto estipulava que esses vereadores, ao se aposentarem, receberiam o salário de sua função como servidor e mais os 15.187 reais, que é o salário dos secretários municipais. A autoria é do vereador João Cabral (PMDB), professor da rede municipal que não se reelegeu na eleição de 2 de outubro. Ele negou ter interesse próprio no projeto: “Eu já estou aposentado. O que estão dizendo é mentira. Não é para todos os vereadores, e sim para os que já estão há pelo menos 12 anos na Câmara. Se o funcionário que tem cargo comissionado incorpora o vencimento, por que vereador não pode? Ele é uma praga? Só porque há sujeira em Brasília o pessoal pensa que isso engloba todo mundo”, disse Cabral nesta terça-feira.
Na justificativa oficial do projeto, o vereador escreveu que “a igualdade entre todos os funcionários tem que ser efetiva, inclusive sob o aspecto financeiro, fazendo justiça aos funcionários que por dedicação e competência conseguem, por desejo da população, ser eleitos vereadores da cidade do Rio”. Hoje, o salário de vereador no Rio é de 18.991,68 reais.
O projeto seria votado na semana passada, mas foi transferido para a pauta desta terça-feira. A iniciativa levou à criação, nesta segunda-feira, da petição online “Não vai ter mesada”, que recolheu assinaturas contra a aprovação do projeto. Diante da repercussão negativa, ele chegou a ser retirado da pauta, mas foi incluído numa sessão extraordinária que começou às 18h desta terça-feira. Rejeitado, agora será encaminhado para arquivamento.
(com Estadão Conteúdo)
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