
Roosevelt (no banco da frente) e Vargas (atrás), em Natal (Acervo Fundação Rampa/VEJA.com)
O texto está entre os 800.000 documentos confidenciais que se tornaram públicos depois de um processo movido por defensores do livre acesso à informação. Não é possível precisar exatamente a data do relatório, mas citações no texto indicam que ele foi escrito na década de 50, quando EUA e URSS realmente acreditavam que poderiam se enfrentar militarmente em breve.
A CIA aconselhou o governo americano a se aproximar do Brasil para impedir a infiltração de comunistas no território brasileiro. Para isso, a agência sugeriu a criação de um órgão de contrapropaganda para fazer frente à influência soviética presentes em “todo o país e em diferentes esferas do governo”. Na área econômica, a CIA sugeriu para Washington ajudar o Brasil a se desenvolver, pois o “atraso cultural” e a pobreza poderia ser terreno fértil para o comunismo se alastrar.
II Guerra Mundial — Admirador do ditador fascista italiano Benito Mussolini e simpatizante de algumas ideias de Adolf Hitler, o então presidente brasileiro Getúlio Vargas (que implantou a ditadura do Estado Novo entre 1937 e 1945) foi convencido a se aproximar dos EUA e se unir aos Aliados contra o Eixo, formado por Alemanha, Itália e Japão.
A aliança resultou na participação do Brasil na II Guerra Mundial (1939 – 1945) e em algumas benesses dos EUA ao Estado brasileiro, como investimentos no parque industrial e a construção de bases militares em Natal, no Rio Grande do Norte. O local serviu de base americana para operações na Ásia, África e Europa. Os EUA gostaram da experiência e a CIA defendeu uma nova aproximação com Brasília repelir a ameaça soviética. No fim do relatório, a agência afirma que Brasil e EUA “devem representar os últimos bastiões da liberdade, reafirmando a tradição histórica de aliados leais e sinceros”.
(Veja.com)
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