sábado, 21 de janeiro de 2017

Trump toma posse com discurso populista. E já enfrenta protestos. Enquanto o agora presidente dos EUA prometia 'devolver o poder ao povo', manifestantes entravam em confronto com a polícia nas ruas da capital

O SHOW VAI COMEÇAR...
 O presidente Donald Trump caminha pelas ruas de Washington ao lado de sua mulher Melania Trump
 O presidente Donald Trump caminha pelas ruas de Washington ao lado de sua mulher Melania Trump
 Members of the media riding in trucks (L) cover U.S. President  Donald Trump's motorcade as he participates in the inaugural parade after his swearing in at the Capitol in Washington, U.S., January 20, 2017.      REUTERS/Joshua Roberts
O republicano Donald Trump assumiu a Presidência dos Estados Unidos nesta sexta-feira, em um dia permeado por protestos nas ruas de Washington e marcado por um discurso de tom nacionalista. Após vencer uma eleição acirrada em 8 de novembro, o magnata de 70 anos – o mais velho a ocupar o cargo – tomou o posto de Barack Obama e se tornou o 45º presidente americano.

Apesar de ter o hábito de quebrar protocolos, Trump seguiu as tradições do dia de posse como fizeram seus predecessores. Pela manhã, foi à Igreja e visitou a família Obama na Casa Branca, para um chá. Em seguida, partiu para o juramento oficial no Capitólio, com a mão sobre duas Bíblias.

A primeira fala do presidente foi menos agressiva que sua campanha, mas manteve a linha populista, insistindo que os Estados Unidos serão a prioridade de sua gestão, para que, assim, o país se desenvolva. “Seguiremos duas regras simples: compre americano e contrate americanos”, declarou o magnata. “Estamos transferindo o poder de Washington D.C. e devolvendo a vocês, o povo”, afirmou, em um discurso curto e que fugiu de formalidades.

Já longe dos olhos do povo, durante almoço tradicional no Capitólio, o 45º presidente mudou o tom agressivo. Falando a membros do Congresso e a convidados, incluindo o casal Hillary e Bill Clinton, Trump pediu uma salva de palmas para a ex-candidata democrata. “Nós todos queremos a mesma coisa. Todos somos boas pessoas. Seja republicano ou democrata, não importa”, declarou.

Protestos

Ao longo do dia tomado por protocolos, manifestantes contrários ao novo presidente, o mais impopular da história a assumir o cargo, protagonizaram dezenas de protestos na capital americana. Segundo Peter Newsham, chefe de polícia do Distrito de Columbia, 217 pessoas foram presas na cidade.

Uma limusine chegou a ser incendiada em Washington, próximo à Avenida Pensilvânia, por onde Trump e a família caminharam a caminho da Casa Branca. Bancos e prédios do centro da capital tiveram vidros quebrados e a polícia precisou usar spray de pimenta para dispersar manifestantes. Os protestos atrapalharam o caminho do presidente, que saiu do carro por poucos segundos para cumprimentar a multidão.

Durante a campanha, o republicano prometeu que entraria em ação já no primeiro dia de governo, mas pouco pôde ser feito no dia da posse. À tarde, o magnata assinou a nomeação de assessores e declarou uma nova data comemorativa: o Dia Nacional do Patriotismo.

Enquanto Obama deixava Washington para férias na Califórnia, a Presidência republicana também começava na internet. Trump e Melania, a primeira-dama, assumiram as contas no Twitter (@POTUS e @FLOTUS) e o site da Casa Branca já exibe os planos de governo para os próximos quatro anos.
 Manifestantes ateiam fogo em carro durante protesto contra o presidente eleitos dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington
 Manifestantes protestam contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington
 Manifestantes atiram pedras contra a polícia em protesto contra o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington.  20/1/2017.  REUTERS/Bryan Woolston
(Veja.com)

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