quinta-feira, 8 de junho de 2017

Roberto Jefferson manifesta apoio do PTB a Michel Temer. O presidente do partido fez críticas ao inquérito aberto no STF para investigar o presidente e disse que o país recuaria 20 anos se ele deixasse o poder

APOIO
 
 Roberto Jefferson afirmou que a gravação apresentada pelo empresário Joelsey Batista, em que Temer supostamente dá aval para que o dono da JBS continue pagando uma mesada a Eduardo Cunha, é uma "prova imprestável" (Eduardo Naddar/AGIF/AE/VEJA)

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, disse nesta quarta-feira que o partido vai ficar ao lado do presidente Michel Temer (PMDB) e vai trabalhar para recusar uma eventual denúncia contra ele oferecida pela Procuradoria-Geral da República.

“Viemos dizer ao presidente do apoio do Partido Trabalhista Brasileiro a ele, à gestão que vem fazendo, à instituição presidente da República e à pessoa do presidente Michel Temer”, afirmou o presidente da legenda, após participar de reunião com Temer que durou mais de duas horas. Roberto Jefferson fez críticas ao inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o presidente e afirmou que o Brasil recuaria “20 anos” se ele deixasse o poder.

“Seria inoportuno [o Tribunal Superior Eleitoral cassar a chapa Dilma-Temer]. Nós vamos jogar o Brasil para trás 20 anos se isso acontecer. Uma crise gravíssima. Se isso acontece, haveria recursos e embargos ao plenário do TSE e do STF. É um ano de luta, e o país anda para trás. É muito ruim, tomara que não venha uma decisão neste sentido”, disse, questionado sobre o julgamento da ação que pede a cassação da chapa vencedora das eleições presidenciais de 2014.

Um senador e 15 deputados petebistas participaram do encontro, no Palácio do Planalto, assim como o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que também é do partido. Segundo ele, “uma parte” do Ministério Público Federal tem atuado de maneira “extremamente açodada”. O presidente do PTB também criticou a gravação apresentada por Joesley Batista, dono da JBS, em que Temer parece dar aval ao empresário para que ele continue pagando uma mesada ao ex-deputado preso Eduardo Cunha.

“Quem ouviu aquela gravação sabe que a prova é imprestável. Ela não foi periciada até hoje. Tem aberto um inquérito contra o presidente da República sem a perícia de uma prova que foi obtida por meio ilegal e tem 70 edições”, disse, em referência à conversa de Michel Temer com o dono do Grupo JBS, Joesley Batista, um dos motivos apresentados pelo MPF ao Supremo Tribunal Federal para o início das investigações.

Sobre o eventual oferecimento de denúncia contra o presidente pela Procuradoria-Geral da República, o que precisaria ser aprovado pelo plenário da Câmara dos Deputados, Jefferson disse que o PTB “votará contra essa denúncia”.

Apesar do apoio, Roberto Jefferson disse que o PTB não deve fechar questão sobre o assunto, que é quando a sigla aplica punições a infidelidades de deputados e senadores ao que é proposto pelo partido.

(Com Agência Brasil)

Nenhum comentário:

Postar um comentário