segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Coreia do Norte pode preparar novo lançamento de míssil. Reunida na China, cúpula dos BRICS condenou os testes do regime de Kim Jong-un

GUERRA
 Loja de tv em Seul mostra Kim Jong Un
 Homem assiste a um telejornal sobre o teste nuclear da Coreia do Norte em uma loja de eletrônicos em Seul, Coreia do Sul - 04/09/2017 (Han Jong-Chan/Yonhap/Reuters)

Um dia depois da Coreia do Norte anunciar o sucesso de um teste nuclear e reivindicar a posse de uma bomba H, o ministério da Defesa da Coreia do Sul afirmou que o país vizinho pode estar preparando um novo lançamento de míssil. Além disso, Pyongyang teria conseguido miniaturizar uma arma nuclear para que fosse transportada por uma ogiva.

“Acreditamos que aqui entra a chance de outro míssil balístico intercontinental”, declarou o ministro da Defesa, Song Young-moo, aos deputados no Parlamento.

Dentro do contexto de elevação de risco, Seul e Washington também reforçarão o escudo de defesas antimísseis (THAAD) já instalado na Coreia do Sul.

“Muito em breve serão deslocados temporariamente outros quatro lançadores para contra-atacar as crescentes ameaças nucleares e de mísseis procedentes do Norte”, disse Young-moo.

O anúncio foi feito algumas horas depois de a Coreia do Sul realizar um exercício com foguetes em resposta ao teste nuclear norte-coreano de domingo.

No treinamento, foram utilizados mísseis balísticos sul-coreanos do tipo Hyunmoo e caças F-15K. O alcance dos alvos simulados foi equivalente à distância da área de testes nucleares norte-coreano Punggye-ri, no Nordeste.

Em fotografias divulgadas por Seul, os mísseis Hyunmoo aparecem em uma rampa de lançamento na costa leste do país.

Potência três vezes maior que bomba de Hiroshima

De acordo com a Coreia do Norte, o sexto teste do país usou uma bomba de hidrogênio que é suficientemente pequena para ser acoplada a um míssil intercontinental.

Em julho, o país testou duas vezes, com sucesso, foguetes com alcance suficiente para atingir os Estados Unidos. Seul afirmou que a potência do teste nuclear norte-coreano foi estimada em 50 quilotons, cinco vezes mais que o último teste nuclear realizado por Pyongyang em setembro do ano passado e três vezes mais que a bomba americana que destruiu a cidade japonesa de Hiroshima em 1945.

Condenação unânime

Nesta segunda-feira (4), a China — vizinha e aliada da Coreia do Norte — afirmou ter apresentado um protesto diplomático ao país. Os líderes do BRICS (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que participam de sua reunião de cúpula anual na cidade litorânea de Xiamen, também condenaram o teste nuclear norte-coreano.

 Cúpula dos Brics em Xiamen, na China
O presidente do Brasil, Michel Temer, o presidente russo Vladimir Putin, o presidente chinês Xi Jinping, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, fazem uma foto de grupo durante a Cúpula dos Brics em Xiamen, na China – 04/09/2017 (Kenzaburo Fukuhara/Reuters)


(Com AFP e Reuters)

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