DISCOBERTA
Abatedouro clandestino no bairro das Quintas
Uma
denúncia anônima feita a ouvidoria da secretaria de Meio Ambiente e
Urbanismo (Semurb) culminou, na tarde da quarta-feira, 6, na interdição
de um abatedouro clandestino, que funcionava há cerca de 50 anos, na Rua
Rio Potengi, que fica à margem da linha férrea, no bairro das Quintas,
zona oeste de Natal. No local foram encontrados mais de 60 animais entre
suínos, caprinos e galináceos. Os bichos abatidos seriam
comercializados nas feiras livre da cidade e em alguns açougues da
região. A ação contou com o apoio do Grupamento Ambiental da Guarda
Municipal (GAAM/GMN).
Segundo o supervisor de Fiscalização de
Ambientes Naturais e Biodiversidade (Sanbio) da Semurb, Gustavo
Szilagyi, o local além de não possuir licença para funcionar, não
mantinha condições mínimas de higiene para a realização da atividade.
“Os animais estavam alojados em locais insalubres, e, os cortes eram
realizados em locais com higiene zero. O mau cheiro que o local exalava
atraia inúmeras moscas que transitam sobre os pedaços de carnes
livremente. Para diminuir o odor eles faziam um grande buraco no final
do terreno para enterrar os restos de animais e tocavam fogo”, relata
Szilagyi.
“A população do entorno (humana e animal) era submetida a
diversos agravos nosológicos (doenças), que poderiam possivelmente
colocar em risco suas vidas, além de afetar profundamente suas
longevidades e capacidades funcionais”, afirma William Bonfim, Médico
Veterinário, que trabalha na Sambio.
O proprietário do
estabelecimento compareceu à sede da Semurb na manhã desta quinta-feira
para prestar mais esclarecimentos. Ele informou que trabalha no local
desde 1962 e a atividade é a única forma de sustento da família. Ele se
comprometeu a desfazer-se da criação de animais num prazo de 180 dias,
porque o Código Sanitário de Natal (lei 5.132/99) proíbe a criação desse
tipo de animal em área urbana.
O responsável pelo abatedouro foi
autuado e o local interditado, houve a aplicação de multa grave que
poderá chegar a mais de 7 mil reais. Szilagyi informa ainda que o dono
vai responder criminalmente, vez que o processo deverá ser remetido à
procuradoria de justiça, a quem cabe apurar porque o local também atenta
a questão sanitária e a saúde pública e interesse coletivo
(AgoraRN)
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