segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Trump retira EUA de Pacto da ONU sobre refugiados. Representação americana nas Nações Unidas afirmou que acordo é 'incompatível' com política migratória do país

EUA
 Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
 Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Jonathan Ernst/Reuters)

Os Estados Unidos anunciaram no sábado sua retirada do Pacto Mundial da ONU sobre Proteção de Migrantes e Refugiados, por considerar o acordo “incompatível” com a política migratória americana.

A chamada Declaração de Nova York foi aprovada em 2016 pelos 193 membros da Assembleia Geral da ONU com o propósito de melhorar a proteção e a gestão dos movimentos de migrantes e refugiados. Nesse sentido, a declaração concedeu um mandato ao Alto Comissariado da ONU para os Refugiados para propor à Assembleia Geral, em 2018, um pacto mundial que teria dois eixos: definições de respostas diante do problema e um programa de ação.

“A Declaração de Nova York abarca muitas disposições que são incompatíveis com as políticas americanas de imigração e refugiados e com os princípios ditados pelo governo Donald Trump em matéria de imigração”, afirma o comunicado da missão americana na ONU. “Nossas decisões sobre as políticas de imigração devem ser tomadas pelos americanos, e apenas pelos americanos. Nós decidiremos a melhor forma de controlar nossas fronteiras e quem será autorizado a entrar no nosso país.”

Durante a campanha eleitoral no ano passado, Trump prometeu deportar grandes números de imigrantes e construir um muro na fronteira dos EUA com o México para ajudar a combater a imigração ilegal e o crime nos Estados Unidos. Desde que assumiu em janeiro, ele também proibiu a entrada de cidadãos de certos países muçulmanos nos EUA.

Na administração Trump, os Estados Unidos já romperam vários compromissos assumidos durante o governo de Barack Obama, entre eles o Acordo de Paris sobre o clima. Mais recentemente, Trump retirou os Estados Unidos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), alegando que a instituição teria preconceitos contra Israel.


(Com AFP e Reuters)

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