EUA
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Jonathan Ernst/Reuters)
Os Estados Unidos anunciaram no sábado sua retirada do Pacto Mundial da ONU sobre Proteção de Migrantes e Refugiados, por considerar o acordo “incompatível” com a política migratória americana.
A chamada Declaração de Nova York foi aprovada em 2016 pelos 193
membros da Assembleia Geral da ONU com o propósito de melhorar a
proteção e a gestão dos movimentos de migrantes e refugiados. Nesse
sentido, a declaração concedeu um mandato ao Alto Comissariado da ONU
para os Refugiados para propor à Assembleia Geral, em 2018, um pacto
mundial que teria dois eixos: definições de respostas diante do problema
e um programa de ação.
“A Declaração de Nova York abarca muitas disposições que são
incompatíveis com as políticas americanas de imigração e refugiados e
com os princípios ditados pelo governo Donald Trump em
matéria de imigração”, afirma o comunicado da missão americana na ONU.
“Nossas decisões sobre as políticas de imigração devem ser tomadas pelos
americanos, e apenas pelos americanos. Nós decidiremos a melhor forma
de controlar nossas fronteiras e quem será autorizado a entrar no nosso
país.”
Durante a campanha eleitoral no ano passado, Trump prometeu deportar
grandes números de imigrantes e construir um muro na fronteira dos EUA
com o México para ajudar a combater a imigração ilegal e o crime nos
Estados Unidos. Desde que assumiu em janeiro, ele também proibiu a
entrada de cidadãos de certos países muçulmanos nos EUA.
Na administração Trump, os Estados Unidos já romperam vários
compromissos assumidos durante o governo de Barack Obama, entre eles o
Acordo de Paris sobre o clima. Mais recentemente, Trump retirou os
Estados Unidos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (Unesco), alegando que a instituição teria
preconceitos contra Israel.
(Com AFP e Reuters)
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