Investigados responderão pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
São Paulo - A Polícia Federal deflagrou nesta
terça-feira a Operação João XXI, com o objetivo de desarticular uma
suposta organização criminosa especializada na concessão irregular de
seguro defeso. Dentre os indivíduos presos, há nove servidores públicos,
do Ministério do Trabalho (MTb) e do Sistema Nacional de Emprego
(Sine).
Foram autorizados 25 mandados de busca e apreensão e 18
mandados de prisão preventiva, nas cidades de Caxias do Sul (RS), Belém
(PA), além de Macapá, Santana, Laranjal do Jari e Almeirim (AP). Até o
momento, o prejuízo apurado aos cofres públicos supera R$ 69 milhões.
Segundo a PF, os investigados "responderão pelos crimes
de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações,
organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas podem superar
40 anos de prisão".
Foram realizadas buscas na Superintendência Regional do
MTb em Macapá e nas unidades do Sine de Macapá, Santana e Laranjal do
Jari, além de residências.
"A operação de hoje - cujo nome é uma é referência à
passagem bíblica que fala sobre a pesca milagrosa - é um desdobramento
da Operação Timoneiro, deflagrada em abril deste ano. Na ocasião, foi
preso um servidor do MTb que atuava em Caxias do Sul, e foi responsável
pela concessão fraudulenta de 6.988 benefícios", afirma a PF.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Polícia
Federal de Caxias do Sul (RS) e contou com apoio do Ministério Público
Federal de Caxias do Sul (RS), da Coordenação-Geral de Inteligência
Previdenciária (Coinp) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e
da Assessoria de Pesquisa Estratégica da Secretaria Executiva do
Ministério do Trabalho (APE/SE/MTb). Os mandados foram expedidos pela
Justiça Federal de Caxias do Sul.
(Gisele Berthier/Parceiro/Agência O Dia)
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