PARALIZAÇÃO
Paralisação foi decidida em assembleia realizada no dia 13 de agosto.
Policiais e bombeiros aprovaram proposta por aclamação
A Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares
do RN (ASSPMBMRN) afirmou que vai manter a mobilização da categoria
marcada para o dia 7 de setembro, mesmo com a decisão da Justiça que
proíbe a paralisação e prevê multa em caso de descumprimento. De acordo
com a decisão, em caso de descumprimento, cada associação envolvida na
mobilização deverá pagar uma multa de R$ 50 mil.
O Governo ajuizou nesta quarta-feira (22) uma ação civil pública no
Tribunal de Justiça contra a mobilização dos policiais e bombeiros
militares marcada para o dia 7 de setembro e a decisão, da
desembargadora Zeneide Bezerra, foi proferida nesta quinta-feira (23). A
magistrada acatou parcialmente o pedido do Governo do Estado para
impedir a paralisação da Polícia Militar.
Para a desembargadora, a
paralisação seria ilegal, já que a lei não permite greve dos militares.
"Não considero razoável a paralisação, mesmo que por um único dia, dos
policiais e bombeiros militares, diante da conjuntura atual da segurança
pública potiguar, assolada, inclusive, pelos índices crescentes de
criminalidade, resultante, até mesmo, da guerra entre facções que,
sabidamente, instalaram-se em grande parte do Estado", destacou a
desembargadora.
Ainda na decisão, Zeneide Bezerra falou sobre o
déficit de 10 mil agentes de segurança (militares e civis), o que, para
ela, é uma "particularidade que demonstra o quão inoportuna a
paralisação engendrada pelos demandados, diante, repito, da calamitosa
situação do aparato da segurança pública, que certamente irá trazer
consequências ainda mais nefastas à população". No entendimento da
magistrada, embora justo o motivo da reivindicação, está equivocada a
maneira da execução, "inclusive, por se tratar de uma data importante à
nação, impregnada de civismo e patriotismo".
"Diante do exposto,
presentes a probabilidade do direito e o perigo de dano irreparável,
defiro parcialmente a medida de urgência, proibindo qualquer tipo de
paralisação no dia 7 de setembro de 2018, que possa prejudicar a rotina
regular dos policiais e bombeiros militares estaduais, principalmente,
por se tratar, como afirmado antes, de uma data histórica da nação",
decidiu.
Zeneide Bezerra: “Não considero razoável a paralisação, mesmo que por um único dia”
Porém, a categoria reafirmou a manutenção do ato caso o 13º salário de
2017 não seja pago para toda a categoria. Segundo o Governo do Estado,
81% dos policiais e bombeiros militares receberam o benefício. “Nós
respeitamos as decisões judiciais, porém continuamos firmes na defesa do
que é nosso direito garantido pela Constituição Federal, o salário”,
afirma a subtenente Márcia Carvalho, presidente em exercício da
ASSPMBMRN.
“É de se estranhar que na decisão judicial a
desembargadora Maria Zeneide Bezerra se posicione apenas em relação à
mobilização, mas silencie a respeito da determinação de uma data para o
pagamento da gratificação, deixando os policiais e bombeiros militares
da ativa, da reserva remunerada e pensionistas na mesma situação, ou
seja, sem previsão do pagamento, que deveria ter sido realizado até o
dia 20 de dezembro de 2017”, disse Márcia Carvalho.
Em caso de
descumprimento, ficou determinada uma multa de R$ 50 mil para cada uma
das associações envolvidas no movimento, que são Associação dos Oficiais
Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros do RN,
Associação dos Oficiais Militares Estaduais do RN, Associação dos Cabos e
Soldados da Polícia Militar do RN, Associação dos Bombeiros Militares
do RN, Associação de Praças da Polícia Militar da Região Agreste do RN,
Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região, Associação
de Praças e Bombeiros Militares do Seridó e Associação dos Praças da
Polícia Militar do RN.
A paralisação dos oficiais foi confirmada
em assembleia da categoria no dia 17 de agosto, no Clube do Tiradentes.
Os policiais e bombeiros militares cobram o pagamento integral do 13º
salário de 2017 para toda a categoria, incluindo reservistas e
pensionistas. No último dia 17, foram pagos os benefícios de quem recebe
entre R$ 3 e R$ 4 mil, e de acordo com o Governo do Estado, 81% dos
policiais militares receberam o benefício.
O pagamento do 13º
salário foi um dos 25 pontos firmados entre as associações e o Governo
do Estado para decretar o fim da Operação Padrão, iniciada em dezembro
de 2017 e encerrada no início de janeiro após 23 dias.
Nota à população
Diante
da determinação da Justiça de proibir e prever multa às associações de
policiais e bombeiros militares estaduais, devido à mobilização da
categoria marcada para o dia 7 de setembro, as associações anunciam que
mantêm o ato. “Nós respeitamos as decisões judiciais, porém continuamos
firmes na defesa do que é nosso direito garantido pela Constituição
Federal, o salário”, afirma a subtenente Márcia Carvalho presidente em
exercício da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e
Bombeiros Militares do RN (ASSPMBMRN).
O ato convocado é uma
forma de protestar contra o atraso do pagamento do 13º salário referente
a 2017. Se o Governo do Estado não quitar o compromisso com toda a
categoria até o próximo dia 06, os policiais paralisam as atividades no
dia 07 de setembro. “É de se estranhar que na decisão judicial a
desembargadora Maria Zeneide Bezerra se posicione apenas em relação à
mobilização, mas silencie a respeito da determinação de uma data para o
pagamento da gratificação, deixando os policiais e bombeiros militares
da ativa, da reserva remunerada e pensionistas na mesma situação, ou
seja, sem previsão do pagamento, que deveria ter sido realizado até o
dia 20 de dezembro de 2017”, reitera a presidente.
(TN)
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