PRONUNCIAMENTO
Ao estrear na batalha de comunicação que se segue à apresentação da reforma da Previdência — e acompanhará sua tramitação no Congresso —, o presidente Jair Bolsonaro
afirmou, em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV na noite
desta quarta-feira, 20, que “a nova Previdência exigirá um pouco mais de
cada um de nós”.
“É fundamental equilibrarmos as contas do país para que o
sistema não quebre, como já aconteceu com outros países e em alguns
estados brasileiros. Precisamos garantir que, hoje e sempre, todos
receberão seus benefícios em dia e o governo tenha recursos para ampliar
investimentos na melhoria de vida da população e na geração de
empregos”, declarou.
Bolsonaro ponderou, por outro lado, que as medidas propostas pelo
governo acabam com privilégios, ressaltou que haverá regras de transição
e garantiu que direitos adquiridos não serão afetados.
“A nova Previdência será justa e para todos. Sem privilégios. Ricos e
pobres, servidores públicos, políticos ou trabalhadores privados, todos
seguirão as mesmas regras de idade e tempo de contribuição”, disse o
presidente, que apontou como principais objetivos de seu governo
“resgatar a segurança” e “fazer a economia crescer novamente”.
Como exemplo do fim de privilégios, Jair Bolsonaro destacou que “os
homens mais pobres já se aposentam com 65 anos e as mulheres com 60,
enquanto isso, os mais ricos se aposentam sem idade mínima”. Ele afirmou
que “isso vai mudar” e que “a nova Previdência fará a equiparação e as
pessoas de todas as classes vão se aposentar com a mesma idade”.
“Respeitaremos as diferenças, mas não excluiremos ninguém. E com
justiça: quem ganha mais, contribuirá com mais, quem ganha menos,
contribuirá com menos ainda”, disse Bolsonaro. O presidente também citou
“reforma dos sistemas de proteção social dos militares”, que ficaram de
fora do texto entregue por ele à Câmara e devem ser tratados em outro
projeto. A previsão é de que o texto seja apresentado em 30 dias. A coluna Radar adiantou alguns pontos já discutidos entre o presidente e o ministro Paulo Guedes.
Bolsonaro pontuou que as mudanças propostas na reforma não ocorrerão
“do dia para a noite”, caso aprovadas por deputados e senadores, e que
os brasileiros já aposentados não serão afetados. “Estão previstas
regras de transição para que todos possam se adaptar ao novo modelo. No
tocante aos direitos adquiridos, todos estão garantidos, seja para quem
já está aposentado ou para quem já completou os requisitos para se
aposentar”, disse ele.
Jair Bolsonaro ainda citou em seu pronunciamento que o projeto prevê
“combate às fraudes e medidas de cobrança aos devedores da Previdência”.
(Por
Nenhum comentário:
Postar um comentário