EXCLUSIVO
A ministra Damares Alves é a estrela mais vistosa da constelação de evangélicos do universo político. Há alguns dias, ela se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro
para discutir seu futuro. Depois de fazer um balanço das atividades do
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares
comunicou que vai deixar o cargo. Alega que está cansada e precisa
cuidar da saúde, que anda debilitada.
Desde que assumiu o comando da Pasta, há quatro meses, a
ministra enfrenta uma rotina estressante — mas com um ingrediente
incomum: Damares recebe ameaças de morte. Com isso, ela abandonou sua
residência, em Brasília, e passou a morar num hotel, cujo endereço é
mantido em segredo. Por recomendação do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República (GSI), Damares também não
costuma antecipar a agenda, circula pela cidade escoltada e um segurança
fica postado na entrada de sua sala durante todo o expediente.
Damares informou que deixará o ministério apenas quando tiver
concluído a revisão dos principais programas da Pasta. A ministra
explicou ao presidente que não tem mais condições físicas e emocionais
para suportar por muito mais tempo as demandas que o cargo impõe.
Bolsonaro, ao ouvir as queixas, desdenhou: “Você vai sair, mas daqui a
quatro anos”. A ministra avisou que permanecerá no cargo, no máximo, até
dezembro deste ano.
(Por
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