O Brasil atravessa o período de maior
crise econômica de sua História. Quebrado, sobretudo pela corrupção
endêmica das duas últimas décadas, o país é obrigado a submeter sua
população a um duríssimo processo de reformas que, em tese, deveria
exigir o esforço de todos para colocar as contas em dia. Mas, esse
“esforço” é apenas em tese. Há castas de privilegiados na contramão,
que, além da pressão para manter suas benesses na Reforma da
Previdência, vivem uma realidade bastante distinta da expressiva maioria
do Povo Brasileiro.
O Senado Federal é um grande exemplo de como ser perdulário em tempos de crise.
Para descobrir esses privilégios, fizemos uma ampla pesquisa nos dados oficiais. Todos os dados utilizados nesta matéria não são fruto de ação criminosa de hackers. Eles foram coletados na área de transparência do portal institucional do Senado e são de domínio público nos termos da Lei da Transparência (Lei Complementar nº 131/2009) e da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011).
Vamos ao descalabro verificado...
Entre janeiro e abril de 2019, os 81 veículos executivos disponibilizados para os senadores consumiram quase 50 mil litros de combustível. De acordo com as planilhas detalhadas, cada senador roda, em média, 2.500 km por mês em seu carro oficial. Em abril, por exemplo, houve caso de parlamentar que representa o Distrito Federal que pisou no acelerador em 3.030 km rodados. Em 120 dias foram mais de R$ 200 mil gastos com combustível para esses 81 veículos oficiais.
Mas, a gastança de dinheiro dos cofres públicos dos pagadores de impostos vai além. Apenas nos seis primeiros meses de 2019, o Senado já pagou mais de R$ 268 milhões em auxílio-alimentação, o que equivale a R$ 1,5 milhão por dia. Já com auxílio-transporte o gasto semestral ultrapassou os R$ 170 milhões efetivamente pagos aos seus servidores.
Chama atenção o gasto com passagens aéreas para servidores efetivos e comissionados. Apenas entre janeiro e junho foram emitidos R$ 433 mil em bilhetes aéreos, sendo 18 deles para viagens internacionais a Portugal, Alemanha, Peru, Uruguai, Cingapura e Estados Unidos, algumas delas em Classe Executiva.
Outro dado interessante obtido na área de transparência é o extraordinário volume de contratações de serviços de Tecnologia da Informação (T.I.). Neste primeiro semestre foram pagos quase R$ 10 milhões a 354 serviços contratados. Média de quase R$ 30 mil por contrato. É um gasto curioso, especialmente se considerarmos que o Senado Federal possui 257 servidores concursados atuando sob a rubrica “Informática Legislativa”.
Porém, nada é mais impactante do que os gastos do Senado com Saúde. Apenas nos primeiros seis meses de 2019 foram R$ 4,2 milhões, quantia equivalente ao que foi gasto em todo o ano de 2009 (R$ 4,8 milhões). A propósito, os senadores ampliaram seus gastos com Saúde em cerca de 237% nos últimos 10 anos. Só em 2018 foram pagos impressionantes R$ 11,5 milhões.
De acordo com os dados oficiais, o Senado Federal possui atualmente 2.084 servidores efetivos, outros 3.589 comissionados e 158 servidores cedidos de outros órgãos da Administração Federal para atuarem na Casa, além, é claro, dos 81 senadores da República. São, portanto, 5.912 servidores públicos que geram uma folha de pagamento anual superior a R$ 3 bilhões, o equivalente a dois terços do orçamento anual do Senado, estabelecido em R$ 4,5 bilhões para o ano de 2019.
Você pode conferir todas essas informações e fiscalizar como senadores estão gastando nosso dinheiro através do site: https://www.senado.leg.br/transparencia
Quem banca tudo isso é você, pagador de impostos.
#ÉaLama
(Por:Helder Caldeira/ .jornaldacidadeonline)
O Senado Federal é um grande exemplo de como ser perdulário em tempos de crise.
Para descobrir esses privilégios, fizemos uma ampla pesquisa nos dados oficiais. Todos os dados utilizados nesta matéria não são fruto de ação criminosa de hackers. Eles foram coletados na área de transparência do portal institucional do Senado e são de domínio público nos termos da Lei da Transparência (Lei Complementar nº 131/2009) e da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/2011).
Vamos ao descalabro verificado...
Entre janeiro e abril de 2019, os 81 veículos executivos disponibilizados para os senadores consumiram quase 50 mil litros de combustível. De acordo com as planilhas detalhadas, cada senador roda, em média, 2.500 km por mês em seu carro oficial. Em abril, por exemplo, houve caso de parlamentar que representa o Distrito Federal que pisou no acelerador em 3.030 km rodados. Em 120 dias foram mais de R$ 200 mil gastos com combustível para esses 81 veículos oficiais.
Mas, a gastança de dinheiro dos cofres públicos dos pagadores de impostos vai além. Apenas nos seis primeiros meses de 2019, o Senado já pagou mais de R$ 268 milhões em auxílio-alimentação, o que equivale a R$ 1,5 milhão por dia. Já com auxílio-transporte o gasto semestral ultrapassou os R$ 170 milhões efetivamente pagos aos seus servidores.
Chama atenção o gasto com passagens aéreas para servidores efetivos e comissionados. Apenas entre janeiro e junho foram emitidos R$ 433 mil em bilhetes aéreos, sendo 18 deles para viagens internacionais a Portugal, Alemanha, Peru, Uruguai, Cingapura e Estados Unidos, algumas delas em Classe Executiva.
Outro dado interessante obtido na área de transparência é o extraordinário volume de contratações de serviços de Tecnologia da Informação (T.I.). Neste primeiro semestre foram pagos quase R$ 10 milhões a 354 serviços contratados. Média de quase R$ 30 mil por contrato. É um gasto curioso, especialmente se considerarmos que o Senado Federal possui 257 servidores concursados atuando sob a rubrica “Informática Legislativa”.
Porém, nada é mais impactante do que os gastos do Senado com Saúde. Apenas nos primeiros seis meses de 2019 foram R$ 4,2 milhões, quantia equivalente ao que foi gasto em todo o ano de 2009 (R$ 4,8 milhões). A propósito, os senadores ampliaram seus gastos com Saúde em cerca de 237% nos últimos 10 anos. Só em 2018 foram pagos impressionantes R$ 11,5 milhões.
De acordo com os dados oficiais, o Senado Federal possui atualmente 2.084 servidores efetivos, outros 3.589 comissionados e 158 servidores cedidos de outros órgãos da Administração Federal para atuarem na Casa, além, é claro, dos 81 senadores da República. São, portanto, 5.912 servidores públicos que geram uma folha de pagamento anual superior a R$ 3 bilhões, o equivalente a dois terços do orçamento anual do Senado, estabelecido em R$ 4,5 bilhões para o ano de 2019.
Você pode conferir todas essas informações e fiscalizar como senadores estão gastando nosso dinheiro através do site: https://www.senado.leg.br/transparencia
Quem banca tudo isso é você, pagador de impostos.
#ÉaLama
(Por:Helder Caldeira/ .jornaldacidadeonline)
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