FRAUDE
Imagine, hipoteticamente, que a Folha de S.Paulo publicasse a
seguinte manchete: "José Dirceu assaltou uma agência do Banco do Brasil
em Taubaté e fugiu para Pindamonhangaba", com direito à matéria
detalhando os supostos fatos vividos pelo acusado nas duas cidades.
Assim
que a matéria é publicada, leitores mais atentos inundam as redes
sociais com questionamentos acerca da veracidade das informações: "José
Dirceu é aquele famoso José Dirceu?"; "Não há registros de assaltos ao
Banco do Brasil em Taubaté"; "Tem certeza que ele fugiu para 'Pinda',
terra do Alckmin?"; entre outras coisas.
Daí, os jornalistas que assinam a matéria decidem fazer uma "edição"
nas informações. A manchete vira: "José de Alencar assaltou uma agência
da Caixa Econômica Federal em Ubatuba e fugiu para Santos". Os dados
textuais da matéria também são alterados.
Novamente, os leitores
vão às redes sociais questionar: "José de Alencar é o famoso José de
Alencar?"; "Estão falando do José de Alencar escritor ou do
ex-vice-presidente da República?"; "Ubatuba não teve assalto à agência
da Caixa"; entre outras coisas mais.
Ato contínuo, os jornalistas
da Folha fazem uma segunda edição na manchete: "José saiu da fila da
Caixa em Pirituba e foi pagar seu boleto numa lotérica do Jaraguá",
mudando novamente o conteúdo textual da matéria.
Qual o nível de credibilidade de jornalistas que fazem uma edição dessa natureza?
Foi exatamente o que aconteceu com o tabloide The IbtercePT e Glenn Verdevaldo na madrugada deste sábado (29).
Questionada
sobre os nomes e fatos citados, a turma do IbtercePT transformou Ângelo
Goulart Villela em Ângelo Augusto Costa e, depois, apenas Ângelo.
Desmentido pela procuradora Monique Checker, o jornalista tirou seu
sobrenome dos textos e das imagens e colocou apenas Monique. Havia
supostos fatos datados de um futuro 28 de outubro de 2019.
Daí, limitaram-se a dizer que tudo não passou de um "erro de edição".
Compreensível,
né?! Até porque, José Dirceu é tão homônimo de José de Alencar, quanto
Ângelo Goulart Villela o é de Ângelo Augusto Costa; Taubaté e Ubatuba
são quase anagramas e, por isso, são costumeiramente confundidos pela
população.
Sei
Faz-me rir, Verdevaldo! Faz-me rir...
(Por:Helder Caldeira/jornaldacidadeonline)
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