BRASIL, POLÍTICA
Acabaram corrompendo totalmente o próprio “pacote anticorrupção".
Mediante
projeto de lei de iniciativa popular, subscrito por cerca de dois
milhões de pessoas, em 2016, elaborado pelo Ministério Público Federal,
por intermédio da Força Tarefa da Operação Lava-Jato. o deputado federal
(atualmente licenciado) Onix Lorenzoni teve a iniciativa de submeter a
seus pares na Câmara o projeto que passou a ser denominado “10 medidas
contra a corrupção”.
Após incontáveis “remendos” feitos ao projeto pela Câmara durante a
longa e polêmica tramitação, resultou que das dez medidas inicialmente
propostas foram mantidas tão somente 4 (quatro) delas, acrescidas por
outras de iniciativa dos próprios deputados, DESFIGURANDO totalmente o
espírito projeto.
Após passar pela Câmara, como manda a lei, a versão aprovada foi enviada ao Senado para nova apreciação e votação.
Lá
no Senado o texto aprovado na Câmara ficou “dormindo” até o mês de
junho desse ano (2019), quando, para surpresa de todos, repentinamente,
de “supetão”, foi apressadamente retirado da gaveta onde dormia desde
2016 e colocado em votação, em regime de urgência.
Nessa
tramitação ocorreu uma inimaginável “coincidência”. O Senado começou a
examinar o projeto aprovado pela Câmara IMEDIATAMENTE após a divulgação
das gravações clandestinas e criminosas de conversas telefônicas entre o
então Juiz Federal Sérgio Moro e o Procurador da República Deltan
Dallagnol, feita por um hacker a serviço do site “The Intercept”,
pertencente ao jornalista norte-americano Gleen Greenwald, que mantém
complexas relações políticas internacionais, “cônjuge” do Deputado
Federal David Miranda, que assumiu a vaga de Jean Wyllis, em vista da
sua renúncia, numa “negociação” cercada de muito mistério e suspeitas.
Se
não bastasse a desfiguração e mutilação do projeto original das “10
medidas contra a corrupção”, na Câmara Federal, com a rapidez de um
relâmpago o projeto foi votado no Senado, onde foi agravada a
desfiguração e mutilação do projeto antes aprovado pela Câmara, restando
totalmente E-S-Q-U-A-R-T-E-J-A--D-O (ou) D-I-L-A-C-E-R-A-D-O, não se
sabendo ao certo qual.
Inverteu-se, completamente, o objetivo de
realização de Justiça e do combate à corrupção, e nessa nova versão
absurda aprovada pela Senado ,as autoridades públicas encarregadas de
combater a corrupção, como juízes e membros do Ministério Público, terão
que sentar no banco dos réus mediante simples provocação de qualquer
pessoa que resolva fazê-lo, desde que invoque “abuso de autoridade” para
tanto.
Imagine, com essa lei em vigor o verdadeiro inferno que
vai se tornar a função de juiz ou membro do Ministério Público, sujeitos
permanentemente à perseguição ou “vingança” gratuita de todos os tipos
de criminosos, corruptos e “militontos”, sem que respondam por eventual
litigância de má fé, quando configurada. Só um “doido” não abandonaria
imediatamente a magistratura ou o Ministério Público com essa lei, que
seria uma mistura de mordaça com “camisa-de-força”, a lhes ameaçar
permanentemente.
Ademais, os “cultos” parlamentares nem
consideraram que as autoridades em questão sempre estiveram sujeitas a
responder por abuso de autoridade, como no caso dos juízes, junto às
respectivas corregedorias e Conselho Nacional de Justiça.
Paradoxalmente,
esse episódio teve algum aspecto positivo. Escancarou o absurdo nível a
que chegou o “aparelhamento gramscista” do Estado, não só nos Três
Poderes, mas em todas as instituições, não poupando nem a Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), que acabou “advogando” não só os interesses
da esquerda, como também do CRIME, e ao que tudo indica, hoje estaria
integrando uma espécie de “consórcio”.
Com mais precisão: um CONSÓRCIO integrado pelo CRIME, pela OAB, pela
ESQUERDA, pela CÂMARA e SENADO, numa espécie de ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA
GIGANTESCA. Outra explicação não haveria para o papel da OAB depois da
“aprovação”, pelo Conselho Federal da OAB, por escrito, dessa
barbaridade que aleijou para valer o projeto de combate à corrupção.
Além
dessa postura lamentável da OAB, que até como advogado repudio, e que
até me envergonha, está me parecendo que a “Ordem” também poderia estar
defendendo interesses meramente corporativos da classe de advogados.
É
até possível que a OAB esteja pretendendo abrir um novo mercado de
trabalho para os advogados. Ora, como a clientela dos corruptos tende a
diminuir com a saída do PT do poder, e que tantos e generosos
“honorários” já pagou, é possível que com essa atitude a OAB estivesse
considerando a oportunidade de abrir uma nova frente de “trabalho”,
substituindo os “antigos” clientes “corruptos”, em “decadência”, pelos
juízes e membros do Ministério Público, que teriam que sentar no banco
dos réus por provocação de qualquer idiota, se vingar essa lei, não
podendo os mesmos advogar em causa própria em vista dos impedimentos a
que estão sujeitos.
(Por:Sérgio Alves De Oliveira/jornaldacidadeonline)
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