INVESTIGAÇÃO
O presidente Jair Bolsonaro (Isac Nóbrega/PR)
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em postagem em sua conta oficial no Facebook
na noite desta quarta-feira 30, que o porteiro de seu condomínio “é o
menos culpado” por ter afirmado, em depoimento à Polícia Civil do Rio de
Janeiro, que conversou com o presidente para a liberar a entrada de um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco horas
antes do crime. Segundo o presidente, “não é justo” querer indicá-lo
como único responsável por envolvê-lo no inquérito com uma versão depois
desmentida pelo Ministério Público. “Por ser uma pessoa humilde, [o porteiro] pode ter sido induzido a assinar o depoimento”, acrescentou.
- *O caso Marielle, a TV Globo e as autoridades em um plano para incriminar o Presidente e desastabilizar o Brasil*
- Com áudios da portaria nas mãos, os responsáveis pela investigação
não poderiam citar o então Deputado Jair Bolsonaro como possível
mandante do crime.
- O porteiro é aquele que menos tem culpa nesse novo crime (vazamento e possível LSN).
Na mesma postagem, o presidente compartilhou um despacho do advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça, no qual é solicitado que o procurador-geral
da União (PGU) apure vazamentos do processo que investiga o assassinato
de Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.
A medida é tomada após reportagem do Jornal Nacional
de terça, que revelou uma menção ao nome do presidente no inquérito
sobre o caso Marielle. A menção é originária do depoimento do porteiro
do condomínio de Bolsonaro, que alegou ter conversado com ele para
liberar a entrada de um dos envolvidos no assassinato da vereadora horas
antes do crime.
Posteriormente, o Ministério Público desmentiu o depoimento do
porteiro, com base em contradições (Bolsonaro estava comprovadamente em
Brasília no dia da morte de Marielle) e em áudios da portaria que não
mostram contato com a casa do presidente na ocasião.
O presidente vê a TV Globo e autoridades em um plano para
incriminá-lo e “desestabilizar o Brasil” e afirma que “muitas
autoridades tiveram acesso a um processo que corria em segredo de
Justiça”.
Na terça, em live após a reportagem do Jornal Nacional, Bolsonaro disse que a Globo faz “patifaria” e “canalhice”, o que foi respondido em uma nota da emissora.
O presidenta também acusou o governador do Rio de Janeiro, Wilson
Witzel, de ter vazado o processo para a impressa com o intuito de
prejudicá-lo por pretensões eleitorais em 2022. A coluna Radar noticiou que Witzel teve acesso ao caso com antecedência. O governador do Rio nega qualquer vazamento ou conhecimento prévio dos detalhes do inquérito.
(Por:Veja.com.br)
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