DEFESA
O presidente Jair Bolsonaro fecha intenção de cooperação com Emirados Árabes na área de armamentos (Sergio Lima/AFP)
Logo após a chegada do presidente Jair Bolsonaro a Abu Dhabi, o Brasil e os Emirados Árabes
fecharam dois memorandos de entendimento na área da Defesa. Um deles
trata da formação de um fundo de cooperação para a expansão da
capacidade produtiva do setor e o outro de uma parceria estratégica
relacionada ao desenvolvimento, produção e comercialização de
armamentos. Minutos antes, Bolsonaro havia antecipadou que trataria de
cooperações relacionadas a armamentos durante a sua passagem pelo
Oriente Medio. “Armamentos. Basicamente é isso aí, meios de se defender.
Ninguém quer um Brasil extremamente belicoso, mas devemos ter o mínimo
de dissuasão”, declarou, após participar de cerimônia militar de
homenagem aos mártires dos Emirados Árabes.
Bolsonaro afirmou que “todos os países buscam negociação nesse
sentido (Defesa)” com o Brasil. “Todos, sem exceção, onde quer que eu vá
essa questão sobre defesa é colocada na mesa”, disse. Segundo
Bolsonaro, o Brasil foi “esquecido nessa área” nos últimos 30 anos. Em
seguida, no entanto, disse que a área foi deixada de lado desde o
governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que governou o país
entre 1995 e 2002.
“Desde o governo Fernando Henrique Cardoso a questão da defesa foi
deixada para o segundo plano porque nós somos um grande obstáculo para o
socialismo, nós, das Forças Armadas. Por isso interessava quebrar a
nossa espinha dorsal, nos tornar inoperantes”, disse o presidente. De
acordo com integrantes do Itamaraty, além das conversas relativas a
produção e venda de armas, o governo deve assinar amanhã um acordo sobre
proteção mútua de informações militares. Bolsonaro chegou neste sábado
em Abu Dhabi, capital do país, onde ficará até segunda-feira, 28.
Após uma semana na Ásia, o presidente Jair Bolsonaro inicia
neste sábado, em Abu Dhabi, a viagem pelo Oriente Médio. Direto do
aeroporto, o primeiro compromisso do presidente foi uma cerimônia
militar em homenagem aos mártires da pátria dos Emirados Árabes. Um
dos focos da viagem é divulgar a carteira do Programa de Parceria de
Investimentos (PPI) para atrair os fundos soberanos árabes. A avaliação é
de que países como Emirados Árabes, cuja estimativa dos fundos supera 1
trilhão de dólares, possuem um potencial que precisa ser explorado.
Neste caso, a parcela do Brasil atualmente se limita a 5 bilhões de
dólares.
(Com Estadão Conteúdo)
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