sábado, 26 de outubro de 2019

Horas após ser detido em Miami, 'Rei Arthur' é solto. Defesa do empresário afirmou que ele foi preso por conta de um 'equívoco burocrático' e que ele não será extraditado

"O REI ARTHUR"
 Arthur: vida de luxo nos EUA
 Arthur: vida de luxo nos EUA - Reprodução TV

Rio - O empresário Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur, preso em Miami na manhã desta sexta-feira, foi solto e já está em casa. As informações são do advogado de defesa do empresário, que afirmou que ele havia sido preso por um "equívoco burocrático". A defesa disse também que ele não será extraditado.
 
Arthur Soares tem um mandado de prisão em aberto desde 2017 e consta na lista de procurados da Interpol. Atualmente, ostenta uma vida de luxo em Miami Beach, no estado da Flórida, nos Estados Unidos. 

Entre outros crimes, o empresário é acusado de envolvimento na compra de votos para a eleição do Rio de Janeiro como sede das Olimpíadas de 2016. 

Em nota publicada após sua prisão, o Ministério Público Federal afirmou que os procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro acreditam na extradição e "esperam que sejam cumpridos os pedidos já formalizados às autoridades americanas afim de dar prosseguimento ao processo".

Operação Unfair Play

O Ministério Público Federal (MPF) descobriu provas de que o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como "Rei Arthur", e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) realizaram diversas viagens juntos para o exterior para supostas articulações para a compra de votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016. O grupo fez pelo menos 15 viagens juntos para os Estados Unidos e Europa, principalmente para a França, entre fevereiro a outubro de 2009, mês que ocorreu a eleição.

Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, em julho deste ano, Cabral admitiu ter comprado votos para a candidatura olímpica do Rio, no valor de U$ 2 milhões. O ex-governador disse que pediu a Arthur Soares que combinasse o pagamento com Leonardo Gryner, braço-direito do então presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman. Segundo Cabral, a verba seria descontada do “crédito” que tinha com o empresário — isto é, de parte das propinas que o ex-governador receberia do “Rei Arthur”.
 
Confira na íntegra a nota da defesa, emitida logo após a prisão e reforçada após a liberação do empresário:
 
"A Defesa de Arthur Soares esclarece que, nesta manhã, Arthur foi equivocadamente detido por não portar a documentação necessária para renovação do seu visto. Ressaltamos que as providências burocráticas já foram tomadas e que Arthur será liberado, dada a sua regular situação naquele país, informa o escritório Nythalmar Filho".
 
 
(Por O Dia) 

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