Arthur: vida de luxo nos EUA - Reprodução TV
Rio - O empresário
Arthur Cesar de Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur, preso
em Miami na manhã desta sexta-feira, foi solto e já está em casa. As
informações são do advogado de defesa do empresário, que afirmou que ele
havia sido preso por um "equívoco burocrático". A defesa disse também
que ele não será extraditado.
Arthur Soares tem um mandado de prisão em aberto
desde 2017 e consta na lista de procurados da Interpol. Atualmente,
ostenta uma vida de luxo em Miami Beach, no estado da Flórida, nos
Estados Unidos.
Entre outros crimes, o empresário é acusado de
envolvimento na compra de votos para a eleição do Rio de Janeiro como
sede das Olimpíadas de 2016.
Em nota publicada após sua prisão, o Ministério
Público Federal afirmou que os procuradores da Lava Jato no Rio de
Janeiro acreditam na extradição e "esperam que sejam cumpridos os
pedidos já formalizados às autoridades americanas afim de dar
prosseguimento ao processo".
Operação Unfair Play
O Ministério Público Federal (MPF) descobriu provas de que o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como "Rei Arthur", e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) realizaram diversas viagens juntos para o exterior para supostas articulações para a compra de votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016. O grupo fez pelo menos 15 viagens juntos para os Estados Unidos e Europa, principalmente para a França, entre fevereiro a outubro de 2009, mês que ocorreu a eleição.
O Ministério Público Federal (MPF) descobriu provas de que o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, o empresário Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como "Rei Arthur", e o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) realizaram diversas viagens juntos para o exterior para supostas articulações para a compra de votos para a escolha do Rio como sede da Olimpíada de 2016. O grupo fez pelo menos 15 viagens juntos para os Estados Unidos e Europa, principalmente para a França, entre fevereiro a outubro de 2009, mês que ocorreu a eleição.
Em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara
Federal Criminal do Rio, em julho deste ano, Cabral admitiu ter comprado
votos para a candidatura olímpica do Rio, no valor de U$ 2 milhões. O
ex-governador disse que pediu a Arthur Soares que combinasse o pagamento
com Leonardo Gryner, braço-direito do então presidente do Comitê
Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman. Segundo Cabral, a verba
seria descontada do “crédito” que tinha com o empresário — isto é, de
parte das propinas que o ex-governador receberia do “Rei Arthur”.
Confira na íntegra a nota da defesa, emitida logo após a prisão e reforçada após a liberação do empresário:
"A Defesa de Arthur Soares esclarece que, nesta
manhã, Arthur foi equivocadamente detido por não portar a documentação
necessária para renovação do seu visto. Ressaltamos que as providências
burocráticas já foram tomadas e que Arthur será liberado, dada a sua
regular situação naquele país, informa o escritório Nythalmar Filho".
(Por
O Dia)
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