quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Primeiro longa de Roberto Carlos em 48 anos abre pré-venda nesta quinta. Filme é composto por imagens gravadas em Jerusalém em 2011, e será exibido em terceira dimensão

DIVERSÃO
 Roberto Carlos
 Roberto Carlos - Claudia Schembri

Rio - A tradição de fim de ano do brasileiro, com os especiais de Roberto Carlos, ganha, em 2019, uma versão mais tecnológica e intimista. Os 60 anos de carreira do Rei serão celebrados com o lançamento nos cinemas do show 'Roberto Carlos em Jerusalém 3D'. O longa, com imagens gravadas na Terra Santa em 2011, é dirigido por Jayme Monjardim e chega às salas de cinema a partir de 2 de dezembro. A expectativa do Rei é alta para o longa, que tem a pré-venda marcada para hoje pelo ingresso.com: "Tenho um carinho muito especial por este show na Terra Santa", afirma Roberto.
O último longa com o nome do cantor foi 'Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora', em 1971. Mesmo com 48 anos passados, a tradição de Roberto Carlos se manteve firme. No longa deste ano, o destaque é a exibição em 3D. Canções clássicas como 'Além do horizonte', 'Como É Grande O Meu Amor Por Você' e 'Jesus Cristo' estão no show tridimensional. A proposta do diretor Jayme Monjardim é dar a maior imersão possível ao público.

"Todo o filme foi pensado para ter profundidade. Até as cenas que fizemos no deserto, no Santo Sepulcro, foram pensando na dimensão 3D", diz Monjardim, em referências às imagens de Roberto Carlos em viagem pela Terra Santa. O Rei destaca que toda a tecnologia da produção do longa é boa para o público. "Todo este trabalho em 3D, que será exibido nos cinemas, me deixa muito feliz em poder dividir com meus fãs as emoções vividas em Jerusalém", afirma.

Além de 2 de dezembro, outras exibições de 'Roberto Carlos em Jerusalém 3D' estão marcadas para os dias 6, 7 e 8 do mesmo mês. Para já animar os fãs com o lançamento nos cinemas, o show, que fez parte do projeto 'Emoções Jerusalém', ganhou um trailer com narração de Cid Moreira.

O especial de fim de ano na TV, aguardado pelos fãs, também está confirmado e deve ir ao ar provavelmente no dia 23 ou 25 de dezembro. Diferentemente dos últimos anos, Roberto divide a gravação em três etapas. A primeira: 75% do programa foi gravado na turnê mundial que Roberto fez no primeiro semestre na Europa e EUA. As outras duas incluem gravações já feitas no estúdio dele na Urca e no show que ele fará em novembro em Curitiba. Roberto não apresentará músicas inéditas no seu especial de 2019. O Rei planeja entregar até o fim do ano um CD novo que ele está finalizando, mas não há nada certo ainda.
 

Eterna fã

Amiga de Roberto Carlos, Glória Maria fez a apresentação do show em Jerusalém, quando dançou no palco com ele. Ela revela que o convite para a dança foi feito de surpresa pelo cantor. "Se fosse combinado eu iria me preparar, mas Roberto trabalha no limite. Para mim, que já cobri guerra, ditadura, aquele momento foi um dos mais fortes e emblemáticos da minha vida profissional e pessoal", conta a jornalista. Apesar da dança, Glória ainda nutre a vontade de cantar com o ídolo. "Eu sonho, mas ao mesmo tempo tenho pânico. É sonho e pesadelo", brinca.

Glória e Roberto já estiveram juntos em outras oportunidades. Ela fez o especial de 50 anos de carreira do Rei, quando ainda apresentava o 'Globo Repórter'. A admiração dela pelo cantor é dos tempos de menina, ao crescer com as músicas dele em casa. Uma das memórias que ela tem com o Rei é de uma das primeiras entrevistas que fez com ele, logo no início da carreira. "Eu era uma menina negra e pobre começando no jornalismo, mas o Roberto me acolheu como se eu fosse a jornalista mais importante do mundo", diz.

A jornalista ainda não viu o filme pronto, o que a tem deixado emocionada para revisitar o dia em que 5.500 pessoas se reuniram para ouvir o Rei em um palco de mais de mil metros quadrados. Mais do que artista, Glória define Roberto Carlos como "cúmplice" dos fãs, que enxergam nele alguém que "fala e canta o que todo brasileiro que vive de amor quer ouvir".
 

Holograma do Rei

O diretor Jayme Monjardim defende o filme não só como cinema, mas como um evento, onde for exibido. Em São Paulo, por exemplo, uma das salas, que ainda não foi divulgada, vai contar com o holograma ao vivo de Roberto Carlos. Já no Rio, o Rei vai estar presente em uma exibição no Cine Odeon, no Centro da Cidade. Por tudo que fez na música e no cinema, além dos 60 anos de carreira, Monjardim coloca Roberto Carlos em uma prateleira especial dos artistas brasileiros.

"Por meio do Roberto, a gente conta a história do nosso país. Ele hoje está entre os maiores artistas que temos vivos no Brasil. O Rei tem o poder de sedução de todas as massas, os mais velhos transmitem essa relação de amor aos jovens", celebra o diretor.

(Por:Lucas França/O Dia)

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