Roberto Carlos - Claudia Schembri
Rio - A tradição de fim
de ano do brasileiro, com os especiais de Roberto Carlos, ganha, em
2019, uma versão mais tecnológica e intimista. Os 60 anos de carreira do
Rei serão celebrados com o lançamento nos cinemas do show 'Roberto
Carlos em Jerusalém 3D'. O longa, com imagens gravadas na Terra Santa em
2011, é dirigido por Jayme Monjardim e chega às salas de cinema a
partir de 2 de dezembro. A expectativa do Rei é alta para o longa, que
tem a pré-venda marcada para hoje pelo ingresso.com: "Tenho um carinho
muito especial por este show na Terra Santa", afirma Roberto.
O último longa com o nome do cantor foi 'Roberto Carlos
a 300 Quilômetros por Hora', em 1971. Mesmo com 48 anos passados, a
tradição de Roberto Carlos se manteve firme. No longa deste ano, o
destaque é a exibição em 3D. Canções clássicas como 'Além do horizonte',
'Como É Grande O Meu Amor Por Você' e 'Jesus Cristo' estão no show
tridimensional. A proposta do diretor Jayme Monjardim é dar a maior
imersão possível ao público.
"Todo o filme foi pensado para ter profundidade. Até as
cenas que fizemos no deserto, no Santo Sepulcro, foram pensando na
dimensão 3D", diz Monjardim, em referências às imagens de Roberto Carlos
em viagem pela Terra Santa. O Rei destaca que toda a tecnologia da
produção do longa é boa para o público. "Todo este trabalho em 3D, que
será exibido nos cinemas, me deixa muito feliz em poder dividir com meus
fãs as emoções vividas em Jerusalém", afirma.
Além de 2 de dezembro, outras exibições de 'Roberto
Carlos em Jerusalém 3D' estão marcadas para os dias 6, 7 e 8 do mesmo
mês. Para já animar os fãs com o lançamento nos cinemas, o show, que fez
parte do projeto 'Emoções Jerusalém', ganhou um trailer com narração de
Cid Moreira.
O especial de fim de ano na TV, aguardado pelos fãs,
também está confirmado e deve ir ao ar provavelmente no dia 23 ou 25 de
dezembro. Diferentemente dos últimos anos, Roberto divide a gravação em
três etapas. A primeira: 75% do programa foi gravado na turnê mundial
que Roberto fez no primeiro semestre na Europa e EUA. As outras duas
incluem gravações já feitas no estúdio dele na Urca e no show que ele
fará em novembro em Curitiba. Roberto não apresentará músicas inéditas
no seu especial de 2019. O Rei planeja entregar até o fim do ano um CD
novo que ele está finalizando, mas não há nada certo ainda.
Eterna fã
Amiga
de Roberto Carlos, Glória Maria fez a apresentação do show em
Jerusalém, quando dançou no palco com ele. Ela revela que o convite para
a dança foi feito de surpresa pelo cantor. "Se fosse combinado eu iria
me preparar, mas Roberto trabalha no limite. Para mim, que já cobri
guerra, ditadura, aquele momento foi um dos mais fortes e emblemáticos
da minha vida profissional e pessoal", conta a jornalista. Apesar da
dança, Glória ainda nutre a vontade de cantar com o ídolo. "Eu sonho,
mas ao mesmo tempo tenho pânico. É sonho e pesadelo", brinca.
Glória e Roberto já estiveram juntos em outras
oportunidades. Ela fez o especial de 50 anos de carreira do Rei, quando
ainda apresentava o 'Globo Repórter'. A admiração dela pelo cantor é dos
tempos de menina, ao crescer com as músicas dele em casa. Uma das
memórias que ela tem com o Rei é de uma das primeiras entrevistas que
fez com ele, logo no início da carreira. "Eu era uma menina negra e
pobre começando no jornalismo, mas o Roberto me acolheu como se eu fosse
a jornalista mais importante do mundo", diz.
A jornalista ainda não viu o filme pronto, o que a tem
deixado emocionada para revisitar o dia em que 5.500 pessoas se reuniram
para ouvir o Rei em um palco de mais de mil metros quadrados. Mais do
que artista, Glória define Roberto Carlos como "cúmplice" dos fãs, que
enxergam nele alguém que "fala e canta o que todo brasileiro que vive de
amor quer ouvir".
Holograma do Rei
O
diretor Jayme Monjardim defende o filme não só como cinema, mas como um
evento, onde for exibido. Em São Paulo, por exemplo, uma das salas, que
ainda não foi divulgada, vai contar com o holograma ao vivo de Roberto
Carlos. Já no Rio, o Rei vai estar presente em uma exibição no Cine
Odeon, no Centro da Cidade. Por tudo que fez na música e no cinema, além
dos 60 anos de carreira, Monjardim coloca Roberto Carlos em uma
prateleira especial dos artistas brasileiros.
"Por meio do Roberto, a gente conta a história do nosso
país. Ele hoje está entre os maiores artistas que temos vivos no
Brasil. O Rei tem o poder de sedução de todas as massas, os mais velhos
transmitem essa relação de amor aos jovens", celebra o diretor.
(Por:Lucas França/O Dia)
(Por:Lucas França/O Dia)
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