sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Sobre o Greenpeace, Ricardo Salles afirma “não receber terrorista.” De acordo com ele, não interessa ao Greenpeace colaborar nos problemas ambientais

MANCHA DE ÓLEO NO LITORAL
 

Ricardo Salles, ministro do meio ambiente, disse não ter o intuito de dialogar com o Greenpeace, organização ambiental que protestou nesta quarta-feira, dia 23, em frente ao Palácio do Planalto, se opondo à política ambiental nacional e o modo com que o governo tem lidado após ter ocorrido o caso do derramamento de óleo que prejudica as praias do Nordeste.

“Não recebo terrorista”, argumentou Salles, numa entrevista dada ao programa CB.Poder. Depois da ação, 19 membros ativistas do Greenpeace foram pegos pela Polícia Militar do Distrito Federal.

“Tem várias instituições que estão fazendo bons trabalhos e nós temos feito toda a boa relação e apoio, enfim, parceria com eles. Agora, aqueles que querem, a exemplo desse Greenpeace, que foi dizer que não podia ajudar a limpar as praias, quer dizer, tirou totalmente qualquer possibilidade de cooperação e ainda veio sujar o Palácio do Planalto, não tem colaboração possível. Porque eles não querem diálogo. Aliás, são bons de levantar dinheiro, mas de trabalhar que é bom…”, declarou o ministro.
O ministro também negou a acusação que foi lançada por ambientalistas e ex-ministros do Meio Ambiente de que o atual governo tem incentivado um desmonte de políticas dentro do setor, tal como o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de Poluição por Óleo. Segundo Salles, não é verídico que ele só foi usado no dia 11 de outubro. “O PNC vem sendo aplicado, todos os procedimentos previstos, desde 2 de setembro.”

“O Brasil não extinguiu o PNC, ao contrário, está sendo seguido inclusive com a designação da coordenação operacional da Marinha. Agora, é verdade, por outro lado, que nós recebemos no Brasil, em várias áreas e na área ambiental, um Estado depauperado, destruído pela corrupção, pela ineficiência, pela má administração das gestões, sobretudo do PT. Nos legaram o Estado quebrado”, disse Salles.

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