MANCHAS DE ÓLEO NO RN
As manchas de óleo voltaram a aparecer neste domingo (27) na praia de
Barra de Tabatinga, no litoral Sul do Estado, localizada no município de
Nísia Floresta. Em um vídeo gravado pelo jornalista e frequentador da
praia, Allan Dubeux, é possível visualizar a substância sob a camada de
areia.
Na segunda-feira (14), o Idema já tinha identificado outra aparição
de óleo na praia de Barra de Tabatinga. Naquele momento, o órgão que a
substância tinha atingido um local que é considerado como ‘Berçário de
Tartarugas’.
Ainda de acordo com o Idema, o município de Nísia Floresta tem sido
um dos mais atingidos pelo óleo no litoral do Rio Grande do norte.
O óleo que está aparecendo em todo o litoral do Nordeste têm
prejudicado a fauna e flora, causando a morte de animais marinhos e um
grave dano ambiental. Segundo o professor de biologia, Flávio Lima, que
também é coordenador geral do Projeto Cetáceos da Costa, a substância já
têm atingido áreas de alimentação (bancos de algas) dos animais
aquáticos e isso tem interferido na cadeia alimentar de Peixes bois,
golfinhos, tartarugas, entre outras espécies.
Descontaminação de tartarugas pode levar seis meses
Animais atingidos pelo óleo e resgatados por voluntários e especialistas podem levar seis meses para a descontaminação completa.
E há ainda o risco de não conseguirem voltar ao seu hábitat natural. O
último levantamento do Ibama, de domingo (20), indicava que 39 animais
haviam sido afetados pelo material que se espalhou pela costa brasileira
– 19 tartarugas morreram e 11 foram resgatadas.
Flávio José de Lima, que coordena o Projeto Cetáceos da Costa Branca da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), responsável pelo
resgate dos animais atingidos pelo óleo cru no Estado, descreve o caso
como uma “catástrofe ambiental”. “É uma perda significativa, pois são
animais em processo de extinção".
Idema já recolheu cerca de 5 toneladas de óleo no RN
O diretor do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente
(Idema), Leon Aguiar, informou na manhã da última terça-feira (22), em
entrevista para o jornalista Diógenes Dantas no Jornal 96, que cerca de cinco toneladas de óleo já foram recolhidas no Rio Grande do Norte, desde o aparecimento das manchas em setembro.
Aguiar afirma que, embora o litoral potiguar tenha registrado 43
pontos com resíduos do petróleo, a quantidade retirada até o momento
indica que o Estado foi um dos menos atingidos pela poluição. “A
informação que recebemos é que aqui no Rio Grande do Norte a estimativa é
que chega a 5 toneladas. Seria o quantitativo que atingiu nossa costa,
que foi recolhido. Esse quantitativo sinaliza inclusive que foi menor a
repercussão no Estado, apesar da quantidade de pontos atingidos lá no
início, aqueles 43”, disse.
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