terça-feira, 2 de junho de 2020

Ativista bolsonarista, Sara Winter é intimada pela Polícia Federal. Governador de São Paulo entrou com pedido de abertura de inquérito contra a moça

 Sara Winter é bolsonarista e pelas redes sociais ameaça autoridades

 Sara Winter é bolsonarista e pelas redes sociais ameaça autoridades - Reprodução/Twitter

A Polícia Federal (PF) intimou a ativista e influenciadora digital Sara Fernanda Geromini, conhecida como Sara Winter. A jovem, que é investigada no inquérito que apura ameaças e fake news contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF), é aguardada amanhã para prestar depoimento na PF, que deve ocorrer em Brasília, na Vila Planalto. Na semana passada, Sara já havia sido alvo de busca e apreensão na operação da PF. Ontem, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também entrou com um pedido de instauração de inquérito contra ela.

Segundo ela, os policiais cometeram abusos. "A PF acabou de sair da minha casa. Entraram ilegalmente, não se identificaram e vieram deixar uma intimação para depor daqui a dois dias. Eu não vou! Vão me prender? Me tratar como bandido? Vão ter que se prestar a isso!", escreveu Sara, no Twitter. Pouco depois, ela pediu ajuda de seguidores. "Quem souber de gente me chamando de nazista, fascista ou outras demais ofensas, por favor, me mandem o link pra eu poder processar CPF por CPF", compartilhou.

Suas publicações, aliás, são direcionadas àqueles que são contrários à política do presidente Bolsonaro. Ao governador de São Paulo, João Doria, ela já se referiu como "mau caráter", "oportunista", "Botox ambulante" e até "escalador político", ao afirmar que o gestor estaria se beneficiando politicamente do número de mortes causadas pela covid-19.

O DIA teve acesso ao pedido de abertura de inquérito feito por Doria. Nele, os advogados pedem que a Polícia Civil apure 31 supostos crimes de difamação e ameaça. No documento, parte do texto explica a origem do apelido. "Sarah Winter née Domville-Taylor, pessoa esta que foi espiã de Hitler e membro da União Britânica de Fascistas no século XX". Em outro trecho, Sara é descrita como "uma das líderes do '300 do Brasil', grupo pró-Bolsonaro formado para promover manifestações antidemocráticas, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal e treinamento paramilitar aos integrantes".


(Por:Renan Schindt/O Dia)

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