Sara Winter é bolsonarista e pelas redes sociais ameaça autoridades - Reprodução/Twitter
A Polícia Federal (PF) intimou a ativista e
influenciadora digital Sara Fernanda Geromini, conhecida como Sara
Winter. A jovem, que é investigada no inquérito que apura ameaças e fake
news contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF), é aguardada
amanhã para prestar depoimento na PF, que deve ocorrer em Brasília, na
Vila Planalto. Na semana passada, Sara já havia sido alvo de busca e
apreensão na operação da PF. Ontem, o governador de São Paulo, João
Doria (PSDB), também entrou com um pedido de instauração de inquérito
contra ela.
Segundo ela, os policiais cometeram
abusos. "A PF acabou de sair da minha casa. Entraram ilegalmente, não se
identificaram e vieram deixar uma intimação para depor daqui a dois
dias. Eu não vou! Vão me prender? Me tratar como bandido? Vão ter que se
prestar a isso!", escreveu Sara, no Twitter. Pouco depois, ela pediu
ajuda de seguidores. "Quem souber de gente me chamando de nazista,
fascista ou outras demais ofensas, por favor, me mandem o link pra eu
poder processar CPF por CPF", compartilhou.
Suas
publicações, aliás, são direcionadas àqueles que são contrários à
política do presidente Bolsonaro. Ao governador de São Paulo, João
Doria, ela já se referiu como "mau caráter", "oportunista", "Botox
ambulante" e até "escalador político", ao afirmar que o gestor estaria
se beneficiando politicamente do número de mortes causadas pela
covid-19.
O DIA teve acesso ao pedido de abertura de
inquérito feito por Doria. Nele, os advogados pedem que a Polícia Civil
apure 31 supostos crimes de difamação e ameaça. No documento, parte do
texto explica a origem do apelido. "Sarah Winter née Domville-Taylor,
pessoa esta que foi espiã de Hitler e membro da União Britânica de
Fascistas no século XX". Em outro trecho, Sara é descrita como "uma das
líderes do '300 do Brasil', grupo pró-Bolsonaro formado para promover
manifestações antidemocráticas, como o fechamento do Supremo Tribunal
Federal e treinamento paramilitar aos integrantes".
(Por:Renan Schindt/O Dia)
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