sábado, 3 de janeiro de 2015

Falta de sinalização horizontal na Roberto Freire confunde motoristas. Problema antigo, a ausência de faixas no asfalto aumenta riscos de acidentes entre os veículos

PERIGO

Foto: José Aldenir
Foto: José Aldenir
Alessandra Bernardo
alessabsl@gmail.com
A ausência de sinalização horizontal em um trecho da Avenida Roberto Freire, em Capim Macio, é uma das principais reclamações dos motoristas e motociclistas que trafegam pelo local diariamente. Eles reclamam que os riscos de acidentes são constantes e que muitos se sentem desorientados sem as faixas pintadas no asfalto, principalmente próximo à entrada para a Avenida Ayrton Senna. No local, pequenos acidentes são frequentes por isso.
Para o autônomo Antônio Paiva, a falta de educação e de atenção no trânsito contribui para aumentar os riscos de abalroamento e colisões traseiras e laterais, principalmente quando um motorista troca de faixa sem acionar a seta indicando sua intenção ou invade a frente de outro. Ele disse que isso acontece constantemente e que nunca sofreu um acidente porque reduz a velocidade no trecho reclamado.
“A gente tem uma ideia de onde ficam as faixas, mas a verdade é que, sem elas, fica muito difícil a pessoa trafegar corretamente. Atrapalha muito, principalmente quem é habilitado há pouco tempo ou não tem muita habilidade no volante. E ainda tem quem não respeite o direito dos outros, invade a faixa ou simplesmente, tenta atravessar a via de uma rua lateral em direção ao retorno para a Ayrton Senna”, afirmou.
Quem também reclamou de dificuldades e riscos iminentes de acidentes no trecho foi o professor José Adriano, que se sente prejudicado ao passar pelo local. Ele disse que, sem as marcações no asfalto, as pessoas acabam se atrapalhando, até mesmo quem está a pé, já que até a faixa de pedestres está quase apagada. “A gente não sabe onde começam e onde terminam as faixas, o que coloca todos em risco”, disse.
Para o encanador João Felipe, que trabalha na região, sem a sinalização horizontal, o fluxo acaba virando um grande emaranhado de veículos no trecho, principalmente nos horários de maior movimentação do dia. Para ele, apesar do problema ser antigo e bastante conhecido de todos, falta interesse dos órgãos responsáveis em resolvê-lo.
“Nunca presenciei acidentes aqui, mas todos os dias há livramentos. Carros e motocicletas passam a poucos centímetros de distância uns dos outros, outros invadem a faixa lateral para entrar no retorno para a Ayrton Senna sem ligar a seta, quase provocando acidentes e ainda tem os casos de pessoas que tentam atravessar e quase são atropeladas, porque a maioria passa em alta velocidade. É muito complicado”, desabafou.
Ele disse ainda não acreditar que o problema irá ser resolvido, porque já faz muito tempo que não há sinalização horizontal no local e também porque quase ninguém reclama. “Enquanto as pessoas não se mobilizarem, ficarem reclamando só para si e para a família, as autoridades não fazem nada. Tem que exigir a pintura das faixas, por questão de segurança”, afirmou.
Conforme o Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER/RN), responsável pela manutenção da Avenida Roberto Freire, o órgão recebeu demandas referentes à via ainda no início de dezembro do ano passado, que foram inscritas no calendário de serviços a serem feitos. Apesar de não ter data para atendimento das reclamações, a expectativa é que a situação seja resolvida em breve.

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