ALÍVIO
Um dos principais momentos que causam vítimas de queimadura, as festas de ano novo no Rio Grande do Norte, com as tradicionais queima de fogos, não causaram feridos. Pelo menos foi o que se viu no Hospital Walfredo Gurgel na manhã de ontem sexta-feira, (2). O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) da unidade de urgência e emergência do Estado estava com apenas quatro pessoas, que já estavam internadas.
“Nunca esteve tão bom como agora”, declarou o médico cirurgião de plantão, Melquisedech Pacelli, especialista em tratamento de queimados. “O CTQ só recebe os pacientes que tiveram algum trauma térmico, como no caso das queimaduras por fogos de artifício. Fazia mais de anos que não tínhamos esse cenário tão ‘tranquilo’ no setor”, afirmou.
No réveillon do ano passado o Centro de Tratamento de Queimados do Walfredo também não registrou pacientes vítimas dos fogos de artifício. Mas as festas de final de ano já chegaram a se caracterizar como o segundo maior momento em que o número de pacientes vítimas de queimaduras aumenta consideravelmente, perdendo apenas para as festividades juninas.
Presença quase obrigatória em várias festas tradicionais ao redor do país, o uso de fogos de artifício (quando não são manuseados devidamente) pode causar acidentes com queimaduras graves, sobretudo com crianças. Até o aparentemente mais inofensivo dos fogos, pode causar um grande acidente.
Um dos casos mais emblemáticos que chegaram ao hospital foi o de uma criança que teve a roupa do corpo incendiada após um “chuveirinho” cair acidentalmente sobre ela. A criança foi levada para o CTQ e permaneceu mais de três meses em tratamento.
“Tem que ter prudência e evitar acender fogos para crianças já que elas podem perder um dedo da mão, a visão e, muitas vezes, até a própria vida. Os ferimentos por queima de fogos são geralmente mutilantes e as cicatrizes para o resto da vida”, afirmou o coordenador do Centro de Tratamento, Asclepíades Bezerra de Oliveira.
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