quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Prefeito Carlos Eduardo é o candidato com maior patrimônio

POLÍTICA
A soma da declaração patrimonial dos sete candidatos a prefeito de Natal à Justiça Eleitoral é de R$ 3.776.314,01, 16% menor que o da última campanha, em 2012. Somente o atual ocupante da cadeira e candidato à reeleição, Carlos Eduardo Alves (PDT), é responsável por mais da metade dos bens declarados pelos candidatos: R$ 1.994.985,41. O candidato “mais pobre” é Freitas Júnior, da Rede, que não declarou qualquer bem. 
 
Os dados, abertos à consulta pública, foram levantados pelo NOVO no site do sistema DivulgaCand - Divulgação de Registro de Candidaturas - do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 
 
Quando candidato ao cargo na eleição municipal há quatro anos, Carlos Eduardo tinha um patrimônio de R$ 2.605.836,46, conforme  declaradao ao TSE. Confrontando as duas declarações, o prefeito teve uma redução líquida de R$ 610.851,05, ou - 23% dos recursos pessoais de que dispunha no período em que passou a administrar a capital. Entre os bens declarados nesta eleiçõs, há participações em empresas, fundos de investimento, imóveis, veículo e poupanças. 
 
Caso contrário aconteceu com o deputado estadual Fernando Mineiro. O candidato do PT oficializou que tem R$ 262 mil, referentes aos valores de um imóvel e um veículo. Quatro anos atrás, ele havia registrado R$ 95.901,04, o que significa um aumento, nesse período, de 173%. 
 
Já a declaração do professor universitário Robério Paulino, que também foi candidato em 2012, inclui dois veículos e participação em uma empresa de empreendimentos imobiliários. Juntos, os bens estão avaliados em R$ 479 mil. O valor mais que dobrou, quando comparado ao pleito anterior. Na ocasião, ele registrou um terreno e um veículo que totalizavam R$ 209 mil, um aumento de 129% no valor de seu patrimônio. 
 
O deputado estadual Kelps Lima, do Solidariedade, afirmou à justiça ter R$ 850.328,60 em bens, entre imóveis, veículos, contas bancárias e previdência privada, neste ano. Isso representa um crescimento de 70%, na comparação ao que foi declarado em 2014, quando o candidato foi eleito ao cargo na Assembleia Legislativa (R$ 498.633,45). 
 
Os bens da concorrente Márcia Maia (PSDB), entre imóveis e aplicações bancárias, somaram R$ 528.847,24. Com a candidata tucana, aconteceu algo parecido ao caso do prefeito Carlos Eduardo Alves. Apenas dois anos atrás, quando foi candidata a deputada estadual pelo PSB, Márcia havia declarado à Justiça Eleitoral, um patrimônio de R$ 837.289,46. A redução, em comparação com o valor atual, é de R$ 308.442,22 ou - 36% do patrimônio dela. 
 
Freitas Júnior (Rede) não declarou qualquer bem à Justiça Eleitoral. Ele também é o único entre todos os candidatos a prefeito, que ainda não tem concluído o ensino superior. Ele é estudante. 
 
Rosália Fernandes (PSTU) tem um patrimônio de R$ 190 mil, que compreende um apartamento e um carro. O soma dos bens dos candidatos à majoritária na capital potiguar é menor que a de 2012, quando foi declarado um total de R$ 4.523.920,95. Ainda deve ser levado em conta que foram registrados seis candidatos, contra os sete neste ano. A diferença é de R$ 747.606,94 (16,5%). 
 
A maioria dos candidatos é composta por homens e se declarou da cor branca. Apenas Carlos Eduardo e Mineiro disseram à Justiça ser da cor parda. Entre os sete, o mais velho é Fernando Mineiro, com 59 anos e o mais novo é Freitas Júnior, com 28 anos de idade. 
 
Entre os candidatos, há dois advogados (Carlos Eduardo e Kelps), dois que se declararam deputados (Márcia Maia e Fernando Mineiro), um professor universitário (Robério), um servidor público estadual (Freitas) e uma assistente social (Rosália). Carlos Eduardo, Kelps e Robério Paulino são casados. Os demais são solteiros ou divorciados. Apenas Kelps e Márcia Maia nasceram na capital do Rio Grande do Norte. Rosália e Freitas Júnior nasceram no interior potiguar. Robério e Carlos Eduardo nasceram no estado do Rio de Janeiro e Fernando Mineiro, como o nome diz, vem de Minas Gerais.
 
GASTOS
 
No primeiro turno da eleilões, marcado para o dia 2 de  outubro, os candidatos à prefeitura de Natal poderão gastar até R$ R$ 5.490.293,93. No segundo, o limite será 1.647.088,18. Nessas eleições são proibidos doações e financiamentos privados das campanhas. 
 
As contas das campanhas só poderão contar com recursos do próprio candidato, do fundo partidário e de doações de pessoas físicas.  Até ontem (23), no site do TSE, não havia nenhum registro de doação de campanha dos candidatos em Natal. 
 

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