A soma da declaração patrimonial dos sete candidatos a prefeito de
Natal à Justiça Eleitoral é de R$ 3.776.314,01, 16% menor que o da
última campanha, em 2012. Somente o atual ocupante da cadeira e
candidato à reeleição, Carlos Eduardo Alves (PDT), é responsável por
mais da metade dos bens declarados pelos candidatos: R$ 1.994.985,41. O
candidato “mais pobre” é Freitas Júnior, da Rede, que não declarou
qualquer bem.
Os dados, abertos à consulta pública, foram levantados pelo NOVO no
site do sistema DivulgaCand - Divulgação de Registro de Candidaturas -
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Quando candidato ao cargo na eleição municipal há quatro anos,
Carlos Eduardo tinha um patrimônio de R$ 2.605.836,46, conforme
declaradao ao TSE. Confrontando as duas declarações, o prefeito teve
uma redução líquida de R$ 610.851,05, ou - 23% dos recursos pessoais de
que dispunha no período em que passou a administrar a capital. Entre os
bens declarados nesta eleiçõs, há participações em empresas, fundos de
investimento, imóveis, veículo e poupanças.
Caso contrário aconteceu com o deputado estadual Fernando Mineiro. O
candidato do PT oficializou que tem R$ 262 mil, referentes aos valores
de um imóvel e um veículo. Quatro anos atrás, ele havia registrado R$
95.901,04, o que significa um aumento, nesse período, de 173%.
Já a declaração do professor universitário Robério Paulino, que
também foi candidato em 2012, inclui dois veículos e participação em uma
empresa de empreendimentos imobiliários. Juntos, os bens estão
avaliados em R$ 479 mil. O valor mais que dobrou, quando comparado ao
pleito anterior. Na ocasião, ele registrou um terreno e um veículo que
totalizavam R$ 209 mil, um aumento de 129% no valor de seu patrimônio.
O deputado estadual Kelps Lima, do Solidariedade, afirmou à justiça
ter R$ 850.328,60 em bens, entre imóveis, veículos, contas bancárias e
previdência privada, neste ano. Isso representa um crescimento de 70%,
na comparação ao que foi declarado em 2014, quando o candidato foi
eleito ao cargo na Assembleia Legislativa (R$ 498.633,45).
Os bens da concorrente Márcia Maia (PSDB), entre imóveis e
aplicações bancárias, somaram R$ 528.847,24. Com a candidata tucana,
aconteceu algo parecido ao caso do prefeito Carlos Eduardo Alves. Apenas
dois anos atrás, quando foi candidata a deputada estadual pelo PSB,
Márcia havia declarado à Justiça Eleitoral, um patrimônio de R$
837.289,46. A redução, em comparação com o valor atual, é de R$
308.442,22 ou - 36% do patrimônio dela.
Freitas Júnior (Rede) não declarou qualquer bem à Justiça
Eleitoral. Ele também é o único entre todos os candidatos a prefeito,
que ainda não tem concluído o ensino superior. Ele é estudante.
Rosália Fernandes (PSTU) tem um patrimônio de R$ 190 mil, que
compreende um apartamento e um carro. O soma dos bens dos candidatos à
majoritária na capital potiguar é menor que a de 2012, quando foi
declarado um total de R$ 4.523.920,95. Ainda deve ser levado em conta
que foram registrados seis candidatos, contra os sete neste ano. A
diferença é de R$ 747.606,94 (16,5%).
A maioria dos candidatos é composta por homens e se declarou da cor
branca. Apenas Carlos Eduardo e Mineiro disseram à Justiça ser da cor
parda. Entre os sete, o mais velho é Fernando Mineiro, com 59 anos e o
mais novo é Freitas Júnior, com 28 anos de idade.
Entre os candidatos, há dois advogados (Carlos Eduardo e Kelps),
dois que se declararam deputados (Márcia Maia e Fernando Mineiro), um
professor universitário (Robério), um servidor público estadual
(Freitas) e uma assistente social (Rosália). Carlos Eduardo, Kelps e
Robério Paulino são casados. Os demais são solteiros ou divorciados.
Apenas Kelps e Márcia Maia nasceram na capital do Rio Grande do Norte.
Rosália e Freitas Júnior nasceram no interior potiguar. Robério e Carlos
Eduardo nasceram no estado do Rio de Janeiro e Fernando Mineiro, como o
nome diz, vem de Minas Gerais.
GASTOS
No primeiro turno da eleilões, marcado para o dia 2 de outubro, os
candidatos à prefeitura de Natal poderão gastar até R$ R$ 5.490.293,93.
No segundo, o limite será 1.647.088,18. Nessas eleições são proibidos
doações e financiamentos privados das campanhas.
As contas das campanhas só poderão contar com recursos do próprio
candidato, do fundo partidário e de doações de pessoas físicas. Até
ontem (23), no site do TSE, não havia nenhum registro de doação de
campanha dos candidatos em Natal.
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