GUERRA NO IRAQUE
O órgão dos direitos humanos da Organização das Nações Unidas recebeu
relatos de atrocidades cometidas pelos extremistas do Estado Islâmico
em Mosul, no Iraque. A ONU ressalta que os atos reforçam o temor de que o
EI esteja usando escudos humanos enquanto as forças iraquianas se aproximam da cidade.
Segundo um dos relatos, os terroristas teriam matado quinze civis e
jogado os corpos em um rio para aterrorizar os moradores de um vilarejo
de Safina, a 45 quilômetros de Mosul.
Na última quarta-feira, no mesmo local, os terroristas espancaram,
amarraram seis homens pelas mãos a um veículo e arrastaram o grupo pelo
vilarejo porque eles seriam ligados a um grupo tribal que combate o EI.
No sábado, três mulheres e três crianças teriam sido baleadas e
mortas por terem ficado para trás quando um grupo de moradores foi
forçado a caminhar de um vilarejo a outro, também ao sul de Mosul. De
acordo com os relatos que chegaram à ONU, uma das crianças mortas seria
deficiente física e não conseguia acompanhar o grupo.
“Entretanto, é difícil verificar a veracidade de todos os relatos que
chegam, portanto as histórias devem ser tratadas como preliminares, e
não definitivas”, disse o porta-voz do Comitê dos Direitos Humanos da
ONU, Rupert Colville, em uma conferência realizada em Genebra nesta
terça-feira, reportou a rede britânica BBC.
Um contingente de 30 000 combatentes, entre eles militares das forças
de segurança do Iraque, soldados curdos e milicianos xiitas, com
assistência de ataques aéreos da coalização liderada pelos Estados
Unidos, iniciou no dia 17 de outubro uma ofensiva para retomar o
controle da segunda maior cidade iraquiana.
Em uma tentativa de impedir o avanço das forças iraquianas, os
extremistas atearam fogo a poços de petróleo na região. A fumaça ainda
atrapalha os ataques aéreos da coalizão, escondendo alvos dos
bombardeios. Os terroristas também jogaram petróleo e explosivos em um
depósito de enxofre na região. O fogo liberou fumaça tóxica por vários
dias, levando centenas de moradores a procurar tratamento médico,
segundo a rede americana CNN.
A operação que pretende livrar Mosul dos jihadistas – estima-se que
entre 3 000 e 5 000 combatentes do Estado Islâmico estejam na cidade –
deve durar semanas, ou até mesmo meses. A coalizão liderada pelos
americanos informou que promoveu 32 bombardeios na região desde o início
da ofensiva.
por:Veja
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