terça-feira, 25 de outubro de 2016

Sobe para 62 o número de mortos em ataque a polícia no Paquistão. Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque. O Baluchistão é palco habitual de ataques de grupos separatistas, milícias islamitas e redes criminosas

NO PAQUISTÃO
Pelo menos 62 pessoas morreram nesta terça-feira e mais de 100 ficaram feridas no ataque contra um centro de treinamento da polícia na cidade de Quetta, no oeste do Paquistão. “No ataque morreram 59 pessoas da academia da polícia, além dos três terroristas, e outras 100 ficaram feridas”, disse Anwar-ul-Haq Kakar, porta-voz do governo da província de Baluchistão.

O ataque começou quando um grupo de terroristas entrou nas instalações policiais pouco antes da meia-noite e começou um tiroteio com as forças de segurança que durou cerca de cinco horas, disse à Efe o porta-voz da polícia, Gulab Khan. Ele afirmou que os três terroristas levavam coletes com bombas e que dois deles ativaram os explosivos que carregavam.

Um cadete da academia disse para emissoras de TV locais que viu três homens com roupas camufladas entrando no dormitório portando rifles AK-47. “Eles começaram a atirar, mas consegui escapar pulando um muro”, afirmou o aspirante.

O major-general dos Frontiers Corps (forças paramilitares do país), Sher Afgan, disse aos veículos de imprensa locais que os terroristas pertenciam ao grupo insurgente sunita Lashkar-e-Jhangvi e que estavam em comunicação com o Afeganistão durante o ataque. No entanto, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.

O Baluchistão é palco habitual de ataques de grupos separatistas, milícias islamitas e redes criminosas que atuam em todo o país. No mês de agosto, um homem-bomba matou 72 advogados em um hospital, onde tinham ido por conta do assassinato de um colega uma hora antes.

Apesar deste tipo de atentados, o Paquistão viu cair o número de ações terroristas, uma tendência que o governo e o Exército atribuem à operação militar iniciada em junho de 2014, no noroeste do país, contra supostos santuários talibãs.

(Com agências EFE e Reuters)

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