RESERVA
Reserva florestal Amazônica de Trairao, no estado do Pará. O presidente
Michel Temer voltou atrás da decisão publicada no Diário Oficial está
manhã e autorizou novamente a exploração mineral no Renca (Lunae
Parracho/AFP)
Em mais um recuo, o governo anunciou na noite desta quinta-feira a suspensão dos efeitos do decreto que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca),
na divisa dos Estados do Pará e Amapá. Segundo comunicado do Ministério
de Minas e Energia, o titular da pasta, Fernando Coelho Filho,
“determinou a paralisação de todos os procedimentos relativos a
eventuais direitos minerários na área”. A decisão foi tomada após
consulta ao presidente Michel Temer, de acordo com a nota. “A partir de
agora o ministério dará início a um amplo debate com a sociedade sobre
as alternativas para a proteção da região. Inclusive propondo medidas de
curto prazo que coíbam atividades ilegais em curso”, diz o texto.
Na semana passada, sem alarde, o governo decretou a extinção da Renca, uma área de 47 mil quilômetros quadrados na Amazônia
que engloba unidades de preservação e terras indígenas, revogando uma
norma de 1984 que impunha restrições a atuação de garimpos na região e
tornava exclusiva da estatal Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
(CPRM) a pesquisa, exploração e obtenção de recursos minerais. Com a
repercussão negativa da medida, incluindo contestação na Justiça, o
governo Temer decidiu emitir um novo decreto para “clarificar” o
anterior, explicitando a proibição da exploração mineral nas áreas de
conservação, reservas ambientais estaduais e indígenas da região antes
delimitada pela Renca.
Conforme o comunicado feito nesta quinta-feira, a decisão de
sustar a extinção da reserva “se dá em respeito às legítimas
manifestações da sociedade e a necessidade de esclarecer e discutir as
condições que levaram à decisão de extinção da Renca”. “No prazo de 120
dias, o ministério apresentará ao Governo e à sociedade as conclusões
desse amplo debate e eventuais medidas de promoção do seu
desenvolvimento sustentável, com a garantia de preservação”, conclui a
nota.
(Veja.Abril.com.br)
Nenhum comentário:
Postar um comentário