domingo, 3 de dezembro de 2017

Advogados atuavam em favor do PCC, diz juiz. Segundo denúncia, sete condenados prestavam assistência a familiares e a detentos

JUSTIÇA & CRIME
Marcola chefia a facção criminosa Divulgação
São Paulo - Sete advogados acusados de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC) foram condenados com penas de 5 a 11 anos de reclusão por integrar uma rede que atuava em favor da organização criminosa no Estado de São Paulo. Na decisão, publicada ontem, o juiz Gabriel Medeiros, da 1ª Vara de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, argumenta que ficou caracterizado o envolvimento dos réus com a facção. Os suspeitos podem recorrer.

Segundo a denúncia, os advogados prestavam assistência a familiares e a detentos. No dia 22 de novembro, outros sete advogados já haviam sido condenados pelo magistrado com penas que variavam de oito a 17 anos de prisão. Há um mês, o mesmo juiz também condenou seis advogadas por envolvimento com a organização criminosa.

A denúncia decorreu de investigações que ficaram conhecidas como Operação Ethos. "O que se tem no caso em julgamento, longe está de ser uma relação entre cliente e advogado, e sim uma relação entre advogados e organização criminosa, ficando aqueles à disposição desta. (...) Mostra-se notório que não possui a facção origem lícita de recursos e não se mostra crível aceitar a tese de que os réus, no presente caso, não sabiam desta fonte promíscua de recursos financeiros da organização por eles integrada", escreveu o magistrado.


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