domingo, 31 de março de 2019

23% dos servidores do RN podem se aposentar até 2020, diz Ipern. Porcentagem representa cerca de 12 mil servidores públicos que deverão atingir tempo de serviço e idade para pedir benefício. Estado já tem mais aposentados e pensionistas que ativos.

SERVIDORES
 Instituto Previdenciário do RN  — Foto: Divulgação/Governo do RN
 Instituto Previdenciário do RN — Foto: Divulgação/Governo do RN 

Cerca de 23% dos servidores ativos poderão se aposentar entre 2019 e 2020, de acordo com estimativa do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Norte (Ipern), divulgada a pedido do G1. A porcentagem representa cerca de 12 mil pessoas, dos mais variados órgãos estaduais. 

Esses números são de trabalhadores que, nesse período, terão idade e tempo de serviço suficiente para pedir aposentadoria. Isso não significa, porém, que será o número total de benefícios concedidos, porque muitos servidores preferem continuar trabalhando, por causa das perdas salariais. 

Nos últimos cinco anos, o estado registrou um total de 15.030 aposentadorias de servidores. Na folha de março, o estado somou 43.197 aposentados, além de 10.829 pensionistas - 54.026, ao todo. Juntos, os beneficiários ultrapassam o número de ativos, que é de 52.337. 

Aposentadorias de servidores públicos estaduais
Dados históricos de 2014 a 2018 no Rio Grande do Norte
Aposentadorias2.3742.3742.6552.6553.7403.7403.8123.8122.4492.4492014201520162017201801k2k3k4k5k
2017
Ano 3.812
Fonte: Ipern

 
 
A aposentadoria de tantos servidores contribuiria para um aumento ainda maior do déficit previdenciário estadual, que em janeiro foi estimado em R$ 130 milhões mensais. Ou seja, as contribuições colhidas dos servidores e do Estado já não pagam a previdência. 

Segundo dados do Boletim de Informações da Administração divulgado em fevereiro pelo governo, enquanto os servidores que estão em atividade ganham, em média, R$ 4.332,85, os aposentados recebem R$ 4.769,66 e os pensionistas, R$ 4.639,77. Isso acontece porque geralmente os servidores no final de carreira ganham mais dos que estão no início. 


(Por Igor Jácome, G1 RN) 
 

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