OPOSIÇÃO
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, de
encontro com lideranças políticas e militância do PT em Belo
Horizonte (Divulgação/Partido dos Trabalhadores/Divulgação)
A deputada Gleisi Hoffmann,
presidente do PT, afirmou, em encontro com deputados do partido em Belo
Horizonte nesta quinta-feira, 28,, que, apesar de o governo de Jair Bolsonaro
ser confuso, com problemas de articulação e “prioridades
contraditórias”, falar em afastamento do presidente seria “coisa de
semigolpista”.
“Nós questionamos a eleição de Bolsonaro pela forma como ele
foi eleito, com a prisão do Lula, fake news, mas tem uma regra no país.
Agora, quem o colocou lá já está falando em afastá-lo, porque tem
interesse que algumas coisas andem mais rápido, como a reforma da
Previdência”, disse Gleisi.
A petista voltou a criticar a proposta do governo: “Esse desmonte da Previdência é uma crueldade, do ponto de vista cristão é um pecado”. Ela
reitera que “o povo brasileiro está pagando o preço”. Ao ser perguntada
sobre como seria um possível governo Mourão, a presidente do PT disse
acreditar que nada vai mudar: “A pauta de retirada dos direitos do povo
vai continuar, talvez com Mourão com mais competência, o que é muito
preocupante”.
Gleisi também comentou a discussão sobre a comemoração do golpe de 1964 e
avalia a situação como uma “acinte à democracia brasileira”. Ela
lembrou que o PT fez o que foi possível com relação às políticas de
memória quando era governo, mesmo que nenhum torturador tenha sido
punido. “Nós fizemos a Comissão Nacional da Verdade. Queríamos
esclarecer a verdade, mostrar o que aconteceu e, a partir daí, ajudar as
vítimas a terem reconhecimento do Estado, e muitas receberem em relação
a isso”.
A presidente do PT aproveitou a ocasião para criticar a viagem de
Bolsonaro aos Estados Unidos e chamou o encontro de “vergonhoso”.
(Veja.com.br)
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