sábado, 30 de março de 2019

Fátima culpa o governo Robinson pelo preço salgado das tarifas aéreas. Para governadora, falta de uma contrapartida clara e amarrada junto às companhias tornou inócua a renúncia do estado sobre o querosene de aviação, cuja alíquota passou de 17% para 12% em 2015

RESPONSABILIDADE
 
 Fátima Bezerra, governadora do RN

O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz foi a figura central do 10º Fórum de Turismo de Natal, aberto nesta sexta-feira, 29. Depois de receber uma carta deputado estadual Hermano Morais (MDB), cobrando explicações para as altas tarifas dos voos para Natal, e de ouvir críticas da governadora Fátima Bezerra, Sanovicz foi diplomático. 

Disse que o problema de malha aérea insuficiente e passagens caras não é exclusividade de Natal, trata-se de uma queixa comum no país, mas não explicou porque as tarifas praticadas no aeroporto de João Pessoa podem chegar a ser 120% mais baratas que Natal, a apenas 190 quilômetros de distância.

Ouvida pelo Agora RN na saída do evento, a governadora Fátima Bezerra reiterou sua insatisfação com a situação e afirmou que ainda espera uma explicação para o Estado viver essa situação depois de ter sido o primeiro, ainda em 2015, a ter reduzido de 17% para 12% a alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação (QAV).

“O grande erro foi o governo passado não negociado claramente uma contrapartida com as companhias aéreas que se beneficiaram das nossa renúncia fiscal, fazendo que deixasse de entrar R$ 32 milhões”, lembrou a governadora.

Os altos preços das passagens aéreas para o Rio Grande do Norte têm não apenas enxugado os gastos dos turistas no destino, como fazendo os hotéis baixarem pela metade suas tarifas para compensar os altos custos das tarifas impostas pelas companhias.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, que acompanhou a governadora ao evento, comentou na saída que está otimista com uma possível solução e espera que ela venha da própria Abear, que orienta as companhias na composição de seus preços.

Mas fontes do trade turístico ouvidos pelo Agora RN não têm muita esperança nessa solução. Segundo o presidente da Câmara de Turismo da Fecomercio, George Costa, a insuficiência da malha aérea para Natal, que é um final de linha para as companhias, é um fenômeno antigo.

Ele acredita, no entanto, que a partir da constatação da diferença das tarifas praticadas em João Pessoa a lógica de que se trata de um problema geral foi quebrada. 

“Há uma explicação que precisa ser dada, já que temos um fluxo muito maior de passageiros, mas estamos abastecendo o terminal de lá com passageiros saindo daqui”, acrescentou.

Ao comentar esse assunto, o Panrotas, especializado em turismo publicou o seguinte comentário: “(…) o principal aeroporto do Rio Grande do Norte, nos últimos três meses, fica na Paraíba…”


(AgoraRN)

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