RESPONSABILIDADE
Fátima Bezerra, governadora do RN
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear),
Eduardo Sanovicz foi a figura central do 10º Fórum de Turismo de Natal,
aberto nesta sexta-feira, 29. Depois de receber uma carta deputado
estadual Hermano Morais (MDB), cobrando explicações para as altas
tarifas dos voos para Natal, e de ouvir críticas da governadora Fátima
Bezerra, Sanovicz foi diplomático.
Disse que o problema de malha aérea insuficiente e passagens caras
não é exclusividade de Natal, trata-se de uma queixa comum no país, mas
não explicou porque as tarifas praticadas no aeroporto de João Pessoa
podem chegar a ser 120% mais baratas que Natal, a apenas 190 quilômetros
de distância.
Ouvida pelo Agora RN na saída do evento, a
governadora Fátima Bezerra reiterou sua insatisfação com a situação e
afirmou que ainda espera uma explicação para o Estado viver essa
situação depois de ter sido o primeiro, ainda em 2015, a ter reduzido de
17% para 12% a alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação (QAV).
“O grande erro foi o governo passado não negociado claramente uma
contrapartida com as companhias aéreas que se beneficiaram das nossa
renúncia fiscal, fazendo que deixasse de entrar R$ 32 milhões”, lembrou a
governadora.
Os altos preços das passagens aéreas para o Rio Grande do Norte têm
não apenas enxugado os gastos dos turistas no destino, como fazendo os
hotéis baixarem pela metade suas tarifas para compensar os altos custos
das tarifas impostas pelas companhias.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Jaime Calado, que
acompanhou a governadora ao evento, comentou na saída que está otimista
com uma possível solução e espera que ela venha da própria Abear, que
orienta as companhias na composição de seus preços.
Mas fontes do trade turístico ouvidos pelo Agora RN não têm muita
esperança nessa solução. Segundo o presidente da Câmara de Turismo da
Fecomercio, George Costa, a insuficiência da malha aérea para Natal, que
é um final de linha para as companhias, é um fenômeno antigo.
Ele acredita, no entanto, que a partir da constatação da diferença
das tarifas praticadas em João Pessoa a lógica de que se trata de um
problema geral foi quebrada.
“Há uma explicação que precisa ser dada, já que temos um fluxo muito
maior de passageiros, mas estamos abastecendo o terminal de lá com
passageiros saindo daqui”, acrescentou.
Ao comentar esse assunto, o Panrotas, especializado em turismo
publicou o seguinte comentário: “(…) o principal aeroporto do Rio Grande
do Norte, nos últimos três meses, fica na Paraíba…”
(AgoraRN)
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