NEYMAR
O mais novo caso bizarro envolvendo o craque Neymar Jr. é um
extraordinário exemplo de como as redes sociais, em sua impetuosidade,
lidam mal com problemas fantasiados a partir da elaboração de perguntas
equivocadas.
As (neo)Senhoras de Santana começaram a questionar a
moral da moça, culpando-a pela violência sexual da qual supostamente
teria sido vítima. A teoria estúpida do estupro por merecimento.
No
outro extremo, a turma da Pururuca tratou de questionar a moral do
jogador, listando arroubos, estrelismos e fofocas de tablóides como
provas de incontestável machismo e tendência à violência doméstica. A
velha história dos estragos causados pelas estrelas cadentes.
Como todos nós temos um Tite instalado no umbigo e, agora, umbigos têm
voz, ululam procedimentos sumários de condenação. Em Direito chamamos
isso de Judicialiforme, uma caduquice do Código de Processo Penal de
1941 que foi extinta pela Constituição de 1988.
A pergunta correta, ninguém fez. Ei-la:
O que leva um dos jovens atletas mais talentosos da atualidade e um dos
mais bem-sucedidos do Planeta Terra a, morando em Paris, decidir fazer
uma pegação básica pelo Instagram e encomendar uma noite de sexo com
alguém de São Paulo ao custo de algumas dezenas de milhares de reais em
passagens aéreas, translado, estadia e congêneres?
Ultrapassa qualquer definição de carência, imediatismo, amor
platônico, dinheiro sobrando ou excentricidade. É a psiquê atolada no
lamaçal.
Isso sim deveria preocupar as equipes técnicas do PSG -
Paris Saint-Germain e da Seleção Brasileira de Futebol e os pais da moça
e levar os envolvidos imediatamente a consultórios de Psicanálise.
P.S..: Nunca mais fomos os mesmos desde o canarinho míope da Avenida Lúcio Costa...
(Por:Helder Caldeira/Jornaldacidadeonline)
Nenhum comentário:
Postar um comentário