COPA AMÉRICA
Jogadores comemoram após Casemiro marcar o primeiro gol do Brasil,
durante partida contra o Peru - 22/06/2019 (Heitor Feitosa/VEJA)
Everton (dir), comemora após marcar o terceiro gol do Brasil durante
partida contra o Peru, válida pelo grupo A da Copa América, realizada na
Arena Corinthians - 22/06/2019 (Heitor Feitosa/VEJA)
Daniel Alves comemora após marcar o quarto gol do Brasil durante partida
contra o Peru, válida pelo grupo A da Copa América, realizada na Arena
Corinthians - 22/06/2019 (Heitor Feitosa/VEJA)
Willian (centro) comemora com seus companheiros após marcar o quinto gol
do Brasil durante partida contra o Peru, válida pelo grupo A da Copa
América, realizada na Arena Corinthians - 22/06/2019 (Heitor Feitosa/VEJA)
Willian comemora após marcar o quinto gol do Brasil durante partida
contra o Peru, válida pelo grupo A da Copa América, realizada na Arena
Corinthians - 22/06/2019 (Heitor Feitosa/VEJA)
Nada como uma grande atuação para mudar o ambiente na seleção brasileira na Copa América
em casa. As vaias e reclamações das partidas anteriores se
transformaram em aplausos e empolgação neste sábado, 22, na vitória por 5
a 0 sobre o Peru, na Arena Corinthians, em São Paulo.
Antes da partida, o técnico Tite, ídolo em Itaquera, pediu que a torcida
transferisse o carinho que tem por ele aos atletas mais jovens. E a
maior parcela de afeto foi para Everton, o dono da festa, que ganhou a
titularidade e levantou as arquibancadas.
Desde o início da partida, o clima em Itaquera foi bem diferente do
da estreia, no Morumbi. Para começar, o estádio lotou (mais de 45.000
presentes), inclusive com alta presença de peruanos, que tentaram
equilibrar a gritaria no começo, mas sucumbiram já no primeiro gol. No
momento da escalação, Tite foi ovacionado, mas quem provocou o maior
burburinho foi mesmo Everton, que já havia entrado bem diante da Bolívia
(fez um golaço) e no empate sem gols com a Venezuela. O hino cantado à
capela também foi um espetáculo à parte e parece ter contagiado o time,
muito mais concentrado que nos jogos anteriores.
É verdade que a formação tática de Ricardo Gareca, o técnico
argentino do Peru, com a defesa em linha alta e pouca recomposição dos
homens de frente, tornou a missão do Brasil bem mais fácil. Arthur e
Philippe Coutinho, com ótima qualidade de passe, e o imparável Everton,
que flanou pela ponta esquerda, foram perigo constante para a seleção
peruana. Ficou novamente provado que o time de Tite sobra contra times
menos defensivos – e sofre diante de retrancas como a da Venezuela.
O primeiro gol veio em jogada forte da seleção brasileira, o
escanteio partindo da esquerda. O volante Casemiro aproveitou rebatida
e, quase em cima da linha, balançou as redes pela seleção pela primeira
vez. O jogador do Real Madrid, no entanto, levou o segundo cartão
amarelo no torneio e estará suspenso nas quartas de final – assim como
ocorreu na eliminação para a Bélgica, na Copa da Rússia.
O segundo veio em bobeada incrível do goleiro Gallese, que chutou a
bola em cima de Roberto Firmino; ela ainda bateu na trave e, na
sequência, o a atacante do Liverpool, com extrema frieza, driblou o
arqueiro e, olhando para o lado, à la Ronaldinho Gaúcho, tocou para as
redes. Foi seu primeiro tento na Copa América. Neste momento, o clima já
era de euforia absoluta na zona leste de São Paulo. Já o peruano Paolo
Guerrero, outro velho conhecido na Arena, impotente diante da
superioridade do Brasil, recebeu vaias e demonstrou enorme irritação.
A torcida já gritava o nome de Everton Cebolinha até que chegou seu
momento de consagração, aos 31 do primeiro tempo. O atacante do Grêmio
arrancou pela esquerda, cortou para o meio e acertou um chute forte,
rasteiro e no canto. O terceiro saiu já no início da segunda etapa, em
outra bonita jogada: o capitão Daniel Alves tabelou com Roberto Firmino,
que devolveu no ponto exato, invadiu a área e encheu o pé. O lateral
baiano, que havia criticado o público paulista na estreia, também fez as
pazes com a galera e recebeu fortes aplausos.
O cenário se manteve e tanto Tite quanto Gareca aproveitaram para
poupar atletas importantes, como Coutinho, Filipe Luís, Guerrero e
Cueva. Everto seguiu infernizando a defesa peruana. Já perto do fim, o
zagueiro Luís Advincola perdeu a paciência e deu uma botinada no
gremista, mas escapou do cartão vermelho. Ainda houve tempo para mais um
lindo gol de Willian, que entrou no segundo tempo e acertou um chute
com curva, colocado, a seu estilo, da entrada da área, e de o Brasil
desperdiçar um pênalti, com Gabriel Jesus – que ganhou a vaga de
titular, mas foi o mais apagado do ataque.
O jogo terminou sob fortes aplausos à seleção, que, ao terminar em
primeiro no Grupo A, fará as quartas de final na Arena do Grêmio, em
Porto Alegre. Seu adversário só será conhecido na segunda-feira, 24, e
pode até ser a Argentina, que ainda luta por vaga em sua chave.
Tite, técnico da Seleção Brasileira, durante partida contra o Peru, válida pelo grupo A da Copa América - 22/06/2019 (Henry Romero/Reuters)
Casemiro comemora após marcar o primeiro gol do Brasil na partida contra o Peru - 22/06/2019 (Nelson Antoine/AP)
Roberto Firmino (dir) comemora com Philippe Coutinho (esq), após marcar
o segundo gol do Brasil durante partida contra o Peru - 22/06/2019 (Victor R. Caivano/AP)
Marquinhos e Paolo Guerrero, jogadores do Brasil e do Peru, durante partida válida pelo grupo A da Copa América - 22/06/2019 (Heitor Feitosa/VEJA)
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