PASSEIO EM BRASÍLIA
- Reprodução Facebook
Brasília - Em dia movimentado, o presidente da República, Jair
Bolsonaro, parou na noite deste sábado, 23, para comer um
cachorro-quente em uma quadra da Asa Norte de Brasília, antes de
retornar para o Palácio da Alvorada. Ao som de panelaços, vaias e também
de frases de apoio, Bolsonaro comeu e tomou um refrigerante do lado de
fora do estabelecimento.
Cercado pelo cordão de isolamento feito
por seus seguranças, Bolsonaro escutou palavras de apoio de pessoas que
estavam próximas, como "Mito", "Você é um herói". Ouviu ainda de
apoiadores que "já estava reeleito".
Com a máscara no queixo, ele parou tirar fotos depois que comeu.
Da
parte residencial da quadra, contudo, se ouviam panelaços vindos das
janelas dos apartamentos. Manifestações contrárias também foram ouvidas
de pessoas que passavam de carro.
Gritos como "Fascista", "Fora Bolsonaro", "Genocida" foram ouvidos.
Bolsonaro
se recusou a responder perguntas e disse que só falaria "sobre
futebol". Ele também acusou a imprensa de fazer aglomerações e chamou os
repórteres de "chatos para caramba".
Logo após pedir o
cachorro-quente, o presidente questionou se poderia comer no local, que
não tinha mesas ou cadeiras do lado de fora.
Decreto do
governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), em razão da
pandemia do novo coronavírus proibiu no início de abril o consumo de
alimentos e bebidas em estabelecimentos comerciais.
"Vou consumir onde? Vou comprar e comer onde? Não posso comer aqui fora, não?", perguntou o presidente da República.
Contrariando
norma local, o atendente do "Cachorro quente do Edivaldo" confirmou que
o presidente poderia comer no lugar. O chefe do Executivo comeu em pé
enquanto ouvia apoiadores e opositores.
A parada para o lanche
ocorreu após Bolsonaro visitar o ministro e amigo, Luiz Eduardo Ramos,
da Secretaria de Governo, e o filho mais novo, Jair Renan Bolsonaro.
Nos dois locais, Bolsonaro foi recebido com palavras de apoio e também por vaias e panelaços.
(Por:Estadão Conteúdo)
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