EXCLUSIVO
Zico ao lago de Gabigol
Gabigol com a taça do Brasileirão de 2020
Rio - Há apenas dois anos no Flamengo, Gabigol já tem
história para contar no clube. O atacante conquistou sete títulos e vem
conquistando seu espaço como um dos maiores artilheiros da história
rubro-negra. Como se não bastasse as conquistas, os gols e o bom futebol
apresentado, o atacante recebeu o respaldo do maior ídolo do clube. Em
conversa com o Jornal O Dia, Zico acredita que Gabigol
tem tudo para se tornar um dos maiores da história do Flamengo. O
Galinho ainda deu uma dica para o atual camisa 9 continuar fazendo mais
história na Gávea.
"Eu acho que o Gabigol tem tudo pra ser o maior
atacante da história do Flamengo. Está chegando lá. Sua performance cada
vez melhor, se consolidando como um dos grandes. Ele já entrou pra
história. Ele é jovem e pode fazer muito mais ainda e tomara que
consiga. Ele fazendo isso é sempre bom pra dar alegrias ao torcedor
Rubro-Negro. E é lógico que a gente sempre espera isso de um cara que
tem um potencial que ele tem", afirmou, o Galinho, para depois
aconselhar.
"É continuar firme, se cuidando, porque a cada momento bom dele, ele
passa a ser mais vigiado, mais cobrado e isso é normal. As pessoas só
cobram de quem pode dar. Que ele continue assim, para que cada vez mais
possa aumentar sua performance na história do clube", concluiu.
Após ser campeão da Libertadores e do Mundial em 81, o
time de Zico também teve alguns percalços, assim com o atual grupo do
Flamengo, antes de ser bicampeonato brasileiro. No ano da maior
conquista da história do clube, aquela equipe acabou eliminada no
Brasileirão para o Botafogo. No ano seguinte, perdeu o Carioca para o
seu maior rival, Vasco. E depois foi eliminado em casa na Libertadores,
para o Peñarol, em 1982. Conquistou o bicampeonato nacional em 82 e 83,
mas não passou da fase de grupos na principal competição de clubes do
continente em 1983 e viu o Fluminense ser campeão do Estadual naquele
ano.
Assim como a geração de 81, o time de 19 também
sofreu. Eliminado em casa na Copa do Brasil do mesmo ano. Em 2020 voltou
a ser eliminado na Copa do Brasil e caiu em casa para o Racing na
Libertadores.
Para Zico, isso é uma marca das duas gerações: superação. A vontade de
vencer que fez com que os times passassem por cima das dificuldades e
conseguissem os títulos. Para o Galinho, times também se assemelham na
vontade de vencer e na qualidade técnica. O ano de 2020 foi atípico no
futebol brasileiro, e o Flamengo que vinha de um ano mágico, também
sofreu com isso, mas segundo Zico, o final é o que importa.
“Eu acho que há semelhanças sim, muita qualidade técnica, muita vontade
de ganhar, muita superação, determinação e é isso que faz um time
vencedor”, comparou Zico, que depois fez uma análise sobre a temporada
passada no futebol nacional.
“A temporada 2020 foi anormal pra todo mundo. Um time
como o do Flamengo, acostumado a jogar com torcida, teve que jogar com o
estádio vazio. Mudanças de treinador, chegada de jogadores novos,
mesmos que bons, precisa de adaptação. Uns se adaptaram bem, outros não.
Eu acho que o importante foi o final. Mas o início foi muito bom,
conseguindo as conquistas e no final o time subiu de produção e
conseguiu o título. Isso é o que conta”, afirmou.
Perguntado se o time de 2019/2020 já tem um espaço na
mesa da famosa "Geração de 1981", Zico falou sobre como o grupo da sua
época sabe receber convidados e que a atuação geração do Flamengo trouxe
alegrias aos ex-jogadores daquele time, que também são torcedores
rubro-negros.
"O time de 2019 sempre pôde almoçar com a gente, na nossa mesa. O time
de 1981 é um time muito educado e sabe receber bem as pessoas. Então,
esse time de 19 entrou pra história e lógico que a gente fica feliz,
como torcedor do Flamengo, de ter vivenciado também esse momento",
finalizou.
(Por Lucas Mazzin/O Dia)
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