EFEITO COLATERAL
Noruega analisa casos com a vacina da AstraZeneca
Noruega - As autoridades sanitárias norueguesas
manifestaram sua preocupação neste sábado (13) com o surgimento de
vários casos de hemorragias cutâneas em pessoas relativamente jovens que
foram vacinadas com uma dose do imunizante anticovid da AstraZeneca.
Por enquanto, não foi estabelecido nenhum vínculo com
a vacina, mas "é grave e pode ser um indicativo da diminuição do número
de plaquetas" no paciente, alertou o Instituto de Saúde Pública da
Noruega, que suspendeu o uso da vacina "por precaução", por temor que o
imunizante pudesse provocar coágulos sanguíneos.
O instituto urgiu as pessoas menores de 50 anos que apresentem sintomas após três dias da vacinação a procurar um médico.
Além disso, três profissionais de saúde foram
recentemente admitidos no hospital universitário de Oslo com coágulos
sanguíneos, após terem sido vacinados com o imunizante da AstraZeneca.
Também houve um óbito após um caso de hemorragia cerebral.
Mas nem nesses casos as autoridades de saúde
conseguiram estabelecer uma relação direta com a vacina AstraZeneca,
embora tenham aberto uma investigação.
Além da Noruega, Islândia e Dinamarca também suspenderam preventivamente o uso da vacina AstraZeneca.
"Estamos aguardando informações para ver se há uma
ligação entre a vacinação e estes casos de coágulos sanguíneos",
explicou Geir Bukholm, funcionário do Instituto Nacional de Saúde
Pública, em entrevista coletiva.
Neste sábado, a Agência Norueguesa de Medicamentos
disse que estava "examinando mais de perto os relatos de coágulos
sanguíneos e hemorragias para todas as vacinas contra o coronavírus".
No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS)
afirmou na sexta-feira que "não há razão para não usar" a vacina
AstraZeneca e que nenhuma relação de causa e efeito com coágulos
sanguíneos foi comprovada até agora.
A vacina da AstraZeneca foi aprovada para uso no
Brasil na sexta-feira pela Anvisa. A agência afirmou que "a conclusão é
de que os benefícios superam os riscos" no caso do uso do imunizante da
farmacêutica britânica.
(Por AFP)
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